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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

ECONOMIA DO PANTANAL

Desde meados dos anos 70, intensificou-se no Pantanal a economia agropecuária. Hoje, com cerca de 4 milhões de cabeças de gado, a região tornou-se importante produtora de carne. De maneira geral, a cultura do gado não é considerada prejudicial ao ambiente. A imprevisibilidade das grandes enchentes, no entanto, limita o tamanho dos rebanhos e os mantém dentro dos limites de uma economia ecologicamente sustentável. Na ausência de outros mamíferos pastadores, além dos poucos cervídeos, os bois Nelore não são competidores da fauna original. Eles se tornaram parte integral da paisagem pantaneira.
As culturas de arroz, cana-de-açúcar e soja prejudicaram o ambiente pantaneiro. Barragens, canais e aterros que drenam terrenos para a agricultura, além do desmatamento do cerrado, levam ao assoreamento de rios, como o Taquari, e interferiram na piracema. Ultimamente, várias ervas exóticas são espalhadas por semeadura aérea, tais como a Brachiaria africana, para aumentar o rendimento do pasto.
O Pantanal é uma grande bacia de captação e evaporação de águas e vários cuidados devem ser tomados para preservá-lo da poluição. Um exemplo é o que ocorre com o mercúrio utilizado na lavagem de ouro pelos garimpeiros do rio Poconé: seus sais tóxicos acumulam-se nas baías em quantidades cada vez maiores; os peixes espalham o mercúrio e a taxa deste metal prejudicial à saúde, nos tecidos dos peixes do Pantanal, aumenta a cada ano. O vinhaço das usinas de álcool do Mato Grosso e a poluição na metrópole de Cuiabá acumulam-se também nesta grande bacia de sedimentação.
Um dos grandes perigos ambientais para o Pantanal inteiro é o projeto da hidrovia, planejada conjuntamente pelo Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina. Para facilitar o acesso da navegação marinha e fluvial até Cáceres, no Alto Rio Paraguai, a calha do rio deverá ser aprofundada, os meandros, cortados, e o contato entre o rio e os pântanos, restringido por diques.
Para garantir a saúde desse ecossistema é fundamental manter e ampliar suas áreas preservadas. Existem, atualmente, uma pequena Estação Ecológica, a da ilha de Taiamã, e o Parque Nacional do Pantanal. A fiscalização destas imensas áreas é difícil, principalmente pela falta de recursos financeiros e de pessoal adequado.
Uma atividade promissora e compatível com a sobrevivência desse ambiente único é o chamado turismo ecológico. A rodovia Transpantaneira, parcialmente completa, assim como a estrada Miranda-Corumbá, facilitam o acesso de milhares de turistas e possibilitam o desfrute da riqueza faunística e paisagística do Pantanal. A indústria turística é um meio de despertar o interesse dos pantaneiros pela sobrevivência da fauna e flora da sua região. O crescente número de fazendas turísticas e de pousadas constitui bom exemplo de integração entre o turismo e a preservação ambiental do ecossistema.
As terras alagadas, no mundo inteiro, são sempre ricas em fauna. No caso especial do Pantanal, a vizinhança com a Amazônia e as características do meio físico o tornam uma das áreas de maior valor turístico e ecológico do Brasil. Atividades como criação de gado, capivaras ou jacarés são compatíveis com a preservação da área. Por outro lado, a ação de garimpeiros e iniciativas individuais que alteram a ecologia da paisagem, por meio da drenagem de pântanos e aterros extensos, entre outros, impossibilitam a manutenção da fauna e da flora abundantes e do potencial turístico. Considerado um dos paraísos terrestres, é de fundamental importância a manutenção e ampliação de suas áreas preservadas.
Fonte: www.mre.gov.br
ECONOMIA DO PANTANAL
Esparsas explorações do mate nativo e de garimpos a partir de 1.700, provocaram alguns fluxos migratórios, sem entretanto fixarem os exploradores. Com a introdução do gado, em meados do século XVIII (o primeiro gado introduzido é de origem européia e veio do Paraguai, no início do século XVIII), é que ocorreu a ocupação econômica mais expressiva e permanente da região.

Pecuária

Ao lado da pesca, ainda hoje a pecuária extensiva de corte representa a mais importante atividade regional - com mais de dez milhões de cabeças - e tem se mostrado compatível com a preservação/conservação do Pantanal. O sistema de criação de livre pastoreio em pastagens nativas, sem nenhuma seleção, forjou um tipo de gado adaptado às condições adversas da região, denominado "Boi Pantaneiro". O entusiasmo despertado pelo gado zebuíno, no começo do século, iniciou a era do zebú no Pantanal, o qual substituiu gradativamente o "Bovino Pantaneiro" com predomínio do nelore.
O sistema de criação abrange as fases de cria e recria em grandes propriedades e com poucas divisões. O manejo do rebanho é limitado, com alto índice de mortalidade de bezerros e mão-de-obra deficiente. A alimentação é quase que exclusivamente de pastagens naturais de oferta sazonal, devido às cheias. A comercialização tem sido adversa para a pecuária pantaneira. O pecuarista, forçado pelas condições climáticas da região, transfere para o invernista a sua produção nas épocas em que os preços estão baixos. Em Cáceres e Corumbá encontra-se o maior rebanho bovino do Pantanal. Em Cáceres a função econômica principal do rebanho encontra-se voltada para a produção de carne.
O sistema de criação é o extensivo, existindo uma predominância da raça Nelore. Este gado de corte é exportado principalmente para o Mercado Comum Europeu. Em Corumbá é encontrado o maior rebanho bovino da região. Nessa área pratica-se a pecuária extensiva, sendo a criação voltada para o corte, visando abastecer os frigoríficos do Oeste de São Paulo (Araçatuba, Barretos, Presidente Prudente, etc.).

Turismo

A beleza cênica de seus cenários naturais associada aos mais diversos processos de divulgação, e da modernização e ampliação dos sistemas infraestruturais assinalam novos status econômicos para o Pantanal. Dentre eles, o Turismo desponta como a mais promissora atividade regional. Riquíssima em manifestações culturais provocadas pelas suas várias etnias, a tradição pantaneira alia-se a uma portentosa produção artística contemporânea, criando um caldo de cultura vigoroso, capaz de seduzir e conquistar visitantes das mais diversas origens. As possibilidades ilimitadas da prática de esportes amadores - desde a pesca à produção de safaris - são também atraentes possibilidades ao estímulo do ecoturismo regional.
A cidade de Bonito é um exemplo de ecoturismo. A cidade tem várias atracões: - Grutas pré históricas; - cachoeiras com quedas de até 50 metros; - lagoas; - baías; - nascentes; - monumentos; - sítios arqueológicos; - folclore; e - artesanato. Bonito é um dos mais belos lugares da microrregião da Serra de Bodoquena. A diversidade de belezas naturais proporciona passeios e roteiros turísticos em qualquer época do ano. Na Baía Bonita a água azul jorra como se fosse um chafariz. Nas cachoeiras do rio Mimoso o espetáculo da piracema (a migração rio acima para a desova dos peixes) é magnífico.
O rio Aquidauana, descendo por encostas de morros e prados, forma quedas d'água e lindas piscinas naturais. A visita à gruta do Lago Azul é um grande espetáculo. Em seu interior existe um profundo e cristalino lago cercado por paisagens milenares. Na Ilha do Padre, a força da natureza prossegue com cachoeiras, matas e muito animais

Agricultura

A agricultura é incipiente, ganhando destaque, apenas, os cultivos de subsistência.

Zona de Processamento de Exportações

A Zona de Processamento de Exportações - ZPE de Cáceres é um Incentivo Fiscal para um Programa de Desenvolvimento Regional (notadamente no campo industrial), criado pelo Governo Federal, com a vantagem de isenção total nas exportações. Não restam dúvidas que a implantação da ZPE, no município de Cáceres, representa um grande incremento para a economia do Pantanal. A excelente localização do município, principalmente quanto ao posicionamento estratégico em termos de saída para os mercados Europeu e Asiático, aliado ao comprometimento do governo atual do Mato Grosso, poderá fazer com que Cáceres seja convertida no principal centro de negócios do MERCOSUL (Mercado do Cone Sul), e cidade "entroncamento da América do Sul". A Zona de Processamento de Cáceres leva vantagem, sobre as demais, em função do aproveitamento da hidrovia, da ferrovia e das estradas ligando Cáceres à Bolívia e ao Pacífico.

Exploração Mineral

Um dos fatores que mais limita a expansão do setor mineral no Pantanal é a deficiência energética e as grandes distâncias dos grandes centros urbanos. A maior área produtora localiza-se no município de Corumbá. A grande distância dos centros mais desenvolvidos do país e falta de recursos são fatores que tem dificultado a exploração da jazida com maior intensidade

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