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sábado, 19 de março de 2011

Rio Paraguai subiu mais de um metro em duas semanas

O volume excessivo de chuvas registrado neste início de ano no Mato Grosso do Sul está influenciando a previsão de cheia para o rio Paraguai. De acordo com o Modelad (Modelo de Previsão de Cheia em Ladário), se no dia 31 de março a régua de Ladário indicar altura do rio entre 4 e 5 metros, o pico da cheia poderá variar entre 5 e 6,4 metros.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 14 de março, pelo pesquisador Ivan Bergier, da Embrapa Pantanal de Corumbá. Segundo ele, ocorrendo este cenário, o pico da cheia deverá ser registrado em abril, provavelmente na segunda quinzena. Nesta segunda, a régua de Ladário indicava o nível de 3,67 metros, uma alta de 5 centímetros em relação ao dia anterior.
Neste ano, choveu em Corumbá mais de 230 milímetros em janeiro, mais de 450mm em fevereiro e 200mm em março, até o momento. "Tivemos uma falta de chuva no final do ano passado e uma chuva muito acima da média neste início de ano", disse Ivan.
Pecuaristas da região de Miranda já estão retirando o gado de áreas mais baixas. A Embrapa orienta que os produtores fiquem em estado de alerta. Cabe ao pecuarista a decisão de manejar o gado com antecedência, pois isso envolve custos. "Pode ser uma ação benéfica. Mas pode acontecer também de a cheia esperada hoje não se confirmar", explicou Ivan.
A Embrapa Pantanal divulgará uma nova previsão de cheia, mais precisa, no dia 31 de março. As informações são da assessoria de imprensa da Embrapa Pantanal.

Sindicato quer Pantanal em estado de emergência

O transbordamento dos rios Taquari e Aquidauana e o grande volume de chuvas em toda a planície desde janeiro deixam o Pantanal de Corumbá em alerta máxima. O Sindicato Rural, com base em relatos dos pantaneiros e dados pluviométricos da Embrapa Pantanal e de outros órgãos, solicitará ao Governo do Estado a inclusão do município no decreto de estado de emergência.
Segundo o presidente da entidade, Raphael Domingos Kassar, fazendas estão ilhadas com a interrupção de estradas e alagamentos de portos e de pistas de pouso de pequenas aeronaves. A situação é crítica nas subregiões da Nhecolândia e do Paiaguás, influenciadas pelo comportamento do rio Taquari, onde as propriedades já não conseguem retirar o gado para as partes altas, não inundáveis.
O escoamento do gado para fazendas ou frigoríficos no Planalto já está prejudicado nos portos Rolon (Taquari) e no Alegre (São Lourenço). Os fazendeiros também não estão conseguindo passar as boiadas na ponte sobre o rio Taquari, na Fazenda Mercedes, entre Corumbá e Coxim, porque a seu entorno está completamente inundado. "A situação é crítica", comunicou o presidente do sindicato.
Calamidade
Kassar disse que a planície receberá toda a água do Taquari, que já inunda a parte mais alta da Nhecolândia. Os fazendeiros preveem uma grande cheia este ano por conta também da alta precipitação pluviométrica que ocorre no município. Em uma fazenda na subregião do Paiaguás choveu 730 milímetros em 60 dias, depois de uma seca que obrigou o dono a construir poços semi-artesianos.
"A bacia está concentrando muita água e os campos, que estavam secos, agora começam a ficar submersos, o que é catastrófico para a pecuária, castigando o gado já enfraquecido", afirmou o presidente. Kassar manteve contatos com a bancada federal de Mato Grosso do Sul pedindo apoio, relatando que a cheia terá efeitos negativos à economia do Pantanal se não houver apoio do governo.
"Temos mais de 1.800 propriedades na planície, que ocupa 95% do território de Corumbá, onde empregamos mais de cinco mil pessoas. Junto com a perda econômica haverá prejuízos sociais com certeza", advertiu Raphael Kassar. "o Governo do Estado não pode se esquecer do Pantanal, também enfrentamos uma calamidade no início da cheia, que vai até julho", completou. As informações são da assessoria de imprensa do Sindicato Rural de Corumbá. Fonte: Diário Corumbaense (www.diarionline.com.br).

Cheia na região do Pantanal já apavora os pecuaristas

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Foto: Paulo Ribas
Fazendas estão ilhadas por conta das enchentes na região do Pantanal
Ilhado, o gado não tem para onde ir. A enchente cobriu estradas, cercas, currais e pontes, ameaçando agora salas e cozinhas das sedes de algumas propriedades rurais. É o que ocorre, por exemplo, com a Fazenda Dois de Maio, próxima ao Rio Taquari, no município de Corumbá. Ali, o gado não tem para onde ir. A pista de pouso e decolagem de aviões também está debaixo d’água.
Ontem, um sobrevoo a 2,5 mil pés de altitude (perto de 600m) feitos pelo monomotor Skylane PT-DST a serviço do Correio do Estado possibilitou ver um retrato do iminente flagelo econômico em algumas áreas pantaneiras. Há um mês o governo estadual anunciava a supersafra de soja. Sucederam-se chuvas e a cheia recorde, e agora a pecuária também está em risco de graves perdas.
O Rio Taquari, do qual não se vê nem sinais de barrancos, está fora do leito em suas retas e curvas, espalhando águas barrentas a distâncias que variam entre um, dois e três quilômetros. Técnicos em hidrologia, pesquisadores e fazendeiros constataram este mês a mais rápida subida dos rios desde 1974, quando ocorria a primeira grande cheia após o ciclo da seca, iniciado em 1963 e que durou dez anos.

Cheia obriga interdição da Estrada Parque

A chuva deu trégua, mas nos últimos dez anos, os pantaneiros já acostumados com as cheias não se lembram de ter visto algo parecido. São três acessos ao Pantanal, dois estavam interditados há mais de uma semana e hoje a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) interditou um trecho de 33 quilômetros da Estrada Parque Pantanal Sul, a única que ainda dava acesso aos pantaneiros.
Foto: Paulo Ribas
"Lá é um areião bravo. Tem lugar que são 40 centímetros de água, optamos por interditar para evitar acidentes e mais atolamentos. Hoje foram dois caminhões atolados, amanhã poderiam ser meia dúzia. Não temos condições de manter um trator lá", explica o diretor-executivo da Agesul, de Corumbá, Luiz Mário Anache.
Do Rio Miranda até a Curva do Leque (MS-184) só ficou possível passar a cavalo. A última chuva forte na região foi no domingo (13) e há previsão de que a inundação aumente, já que as águas dos Rios Taquari, Aquidauana e Miranda estão descendo em direção à estrada e deve voltar a chover forte no fim de semana, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
"O problema agora é bem mais grave do que a gente possa imaginar; como proprietário da região, o que não queria era isso. Como que fica agora para levar a subsistência para a região? Não só do Passo do Lontra, mas da Nhecolândia. Ficou tudo isolado, até as pistas de pouso estão cobertas de água", analisa João Júlio Dittmar, 65 anos, médico, criador de gado e pantaneiro desde os 5 anos de idade.
Mas o Pantanal é uma planície alagada, que tem períodos de cheia todos os anos. Seria normal se não fosse a velocidade e intensidade com que aconteceu dessa vez. "A água chegava devagar, a pastagem do Pantanal, o felpudo, cresce acima da água e o gado sai para pastar com água pela barriga, mas esse ano não sobrou parte seca para o gado voltar e a água ultrapassou o crescimento do pasto", conta João Júlio.
Corte de gastos
Na segunda-feira (14), o prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, e o governador André Puccinelli, fizeram reunião com a bancada federal do Estado para falar sobre os prejuízos causados pelas enchentes em Mato Grosso do Sul e na ocasião, afirmaram que devem cortar investimentos previstos em orçamento para poder destinar a recuperação de pontes e estradas vicinais.
"O Estado não está preparado para isso. Estou chamando de tsunami pantaneiro, o volume de água que chegou foi muito grande. Há uns 4 dias atrás aumentou o volume de água de 12 a 15 centimetros em 24 horas. A solução para isso seria ter feito com antecedência estradas adequadas, completar a Transpantaneira e investir em estradas vicinais. Tem gado pronto para embarcar nos Boieiros em Corumbá, mas precisa ter um ponto de acesso para chegar até lá", aponta o pantaneiro João Júlio.
Outras áreas
O perigo do isolamento é evidente. Neste sábado (12) uma família foi resgatada pelos bombeiros de Bataguassu. Leima Aparecida Ferreira, 49 anos, a amiga Maria Glória da Silva, 58 anos, o peão Jorge Cândido da Silva, 48 anos e uma criança de 2 anos de idade ficaram presos por uma semana na Fazenda Lageado e tiveram que pedir socorro por celular porque já estavam sem alimentos. Conseguiram ser resgatados de barco até Santa Rita do Pardo.

sábado, 12 de março de 2011

Pantanal Matogrossense

Pantanal agredido

O fenômeno do efeito sanfona gradualmente se torna mais e mais extremo, com grandes enchentes e prolongado secamento de leitos de rios, corixos e baias. Tanto numa quanto noutra situação o homem pantaneiro sofre duras consequências.
O que estaria por trás das mudanças climáticas que interferem naquela área? Não há resposta consistente que aponte somente uma causa, mas todos os estudos sobre o tema tem algo em comum: sugerem que a ação do homem no entorno do Pantanal Mato-Grossense e do Chaco tem responsabilidade pelo agravamento da estiagem e o excesso de água.
Indefeso, o Pantanal Mato-grossense sofre seguidas agressões ambientais rurais e urbanas, de toda a ordem. O resultado é a reação da natureza com suas secas e enchentes. Esse fato não desperta grande atenção porque sua face mais aguda se revela numa região praticamente desabitada e de difícil acesso.
A conurbação de Cuiabá e Várzea Grande com seu entorno, o polo regional de Rondonópolis e a área de influência de Cáceres, além de densamente habitadas respondem por importante parcela da produção de soja, milho safrinha e algodão, e pela base da indústria sucroalcooleira. As águas desses municípios drenam para os rios pantaneiros carregando esgoto e uma pesada carga de agrotóxico das grandes lavouras mecanizadas que se espalham pelos municípios da Bacia do Rio Paraguai, que é o principal formador da imensa planície do Pantanal Mato-grossense.
O grande passivo ambiental na Bacia do Rio Paraguai desafia autoridades e, mesmo com a entrada em vigor da legislação que estabelece zoneamento para o cultivo da cana, existem gargalos causados pelo desmatamento ciliar e a desordenada ocupação urbana. Esses fatos provocaram assoreamento e mudanças de leitos de rios, desequilíbrio no meio ambiente e mantém em curso um processo de mutação de imprevisível desfecho.
Na fase mais aguda da estiagem a Baia de Chacororé foi duramente atingida, causou mortandade de peixes, afugentou répteis, animais e aves aquáticas. Agora, com o Pantanal Mato-grossense transbordando, pecuaristas da região já providenciam transferência de gado para as partes mais altas conhecidas por “Morrarias”. Efeito sanfona é a complementação do que ocorreu no ontem com o que se verifica agora.
Ninguém sabe até quando o Pantanal Mato-grossense suportará os extremos da reação climática. De domínio público é a agressão contínua que aquela região sofre, sem que as autoridades federais, do Paraguai e Bolívia, dos dois estados e dos municípios em sua bacia façam algo de concreto em sua defesa.

Araras apreendidas do tráfico de animais são devolvidas à natureza no Pantanal mato-grossense

O veterinário e chefe do Núcleo de Fauna e Pesca do Ibama, Cesar Soares, explica que estas aves foram apreendidas no estado de São Paulo e submetidas a exames e processos de reabilitação para poderem regressar à natureza. O custo para a recuperação de cada animal é alto. “Só para os exames, são gastos em média R$ 700,00 por animal, isso sem falar em alimentação e etc.”, conta.
A soltura das araras faz parte do projeto Asas (Áreas de Solturas de Animais Silvestres). Esse programa é fruto de uma parceria entre o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) com ONGs e propriedades privadas, neste caso a Pousada Araras Pantanal Ecolodge – onde os animais foram soltos.
Soares explica que o programa só consegue ser viável graças a essas alianças. “Só o Ibama não conseguiria arcar com essas despesas, por isso a parceria com essas ONGs é fundamental”. As aves soltas nesta manhã na Araras Pantanal Ecolodge, por exemplo, foram recuperadas no Parque Ecológico do Tiete e trazidas de avião para MT.
O proprietário da Araras Pantanal Ecolodg, André Thuronyi, lembra da importância de diferentes setores da sociedade estarem engajados no projeto. “É importantes ressaltarmos a presença do governo federal, por meio do Ibama, das ONGs e das propriedades privadas. Sem falar da participação dos turistas, que vêm visitar e podem deixar doações para ajudar a manter as aves”.
Para Thuronyi, a conscientização da população local, da região de Poconé, também é crucial para o bom andamento do projeto. “Isso precisa chegar na população daqui para que eles não peguem os animas de volta, nãos os coloquem de novo no cativeiro, não os machuquem”.
Cesar Soares explica que o Ibama esta também desenvolvendo um projeto de educação ambiental para as escolas da região para evitar que essas aves sejam vítimas novamente. “As vezes o próprio morador daqui da região pega uma ave desta e vende por uns cinco reais para alguém que vai e faz o tráfico”.
Essa não é a primeira vez que o projeto Asas solta aves na Pousada Araras Pantanal Ecolodge. Naquela área já foram devolvidos à natureza 98 papagaios verdadeiros, 24 araras canindés e piriquitos

sexta-feira, 4 de março de 2011

CARNAVAL

A EQUIPE DO BOLGGER O PANTANAL DO MATO GROSSO DESEJA A TODOS OS LEITORES UM ÓTIMO CARNAVAL COM MUITA DIVERSÃO E RESPONSABILIDADE LEMBRE-SE SEMPRE DE SE PRESERVAR E APROVEITAR A FOLIA SEMPRE COM MODERAÇÃO NO MAIS ÓTIMO CARNAVAL A TODOS.

Receitas Do Pantanal - Peixe à Urucum

INGREDIENTES:

1 Kg de peixe
cebola
tomate
pimentão
sal a gosto
óleo
urucum
1 coher de azeite
2 garrafas de 200 ml de leite de coco
1 lata de creme de leite queijo mussarela

PREPARO:
Frite peixe à dorê. Faça um molho com cebola, tomate, pimentão refogado no óleo e no azeite de dendê. Depois de refogados coloque o leite de coco e o creme de leite, deixe ferver. Em um pirex coloque um pouco de molho com urucum. Leve ao forno para ficar gratinado.

Receitas Do Pantanal - Arroz Carreteiro

Ingredientes:

2kg de carne de sol
2 cebolas picadas
5 dentes de alho
1 xícara de chá de cebolinha e salsinha
3 xícaras de chá de arroz
4 tomates sem pele e sem semente picados

Modo de fazer:

Pique a carne não muito grande. Frite a carne com 2 xícaras de óleo, vá pingando água fervente até amolecer a carne e esta ficar dourada. Coloque então a cebola, os dentes de alho e o tomate picado. Refogue bem. Depois de refogado, colocar o arroz e fritar. Por último colocar água fervente. Depois de pronto colocar a cebolinha e a salsinha. 

Receitas Do Pantanal - Piranha

INGREDIENTES:

10 piranhas
1 Kg de tomate
1 Kg de cebola
2 maços de coentro
1 maço de cebolinha
pimenta do reino e dedo de moça
limão pra temperar
3 pimentões
óleo e sal à gosto

PREPARO:

Retalhar as piranhas, temperar com sal, limão e pimenta. Deixar repousar um pouco; fritar os pimentões no óleo. Colocar as piranhas com os tomates e as cebolas em rodelas. Deixar suar. Após suada sacudir as piranhas (não mexercom colher) e colocar água sem cobrir totalmente. Depois de 5 minutos de fervura, colocar coentro por cima e antes de servir, ainda fervendo colocar a salsa. N.B. Para fazer o caldo de piranha é só passar as piranhas na peneira.

Receitas Do Pantanal - Pudim de Peixe

Ingredientes:

Sobra de peixe
100 g de pão, leite, ovos
1 colher de manteiga sal, cheiro verde, pimenta
azeitonas
pimentão

Modo de Fazer:

Refogue o peixe no azeite com todos os temperos; coloque o pão de molho no leite, bata no liquidificador com 2 gemas, misture ao peixe já desfiado, junte as claras em neve e leve ao fogo. Não deixe desmanchar muito o peixe e coloque em um refratário.

RELAÇÃO DOS PEIXES

Aqui apresentamos uma relação de peixes da região pantaneira, com isso facilitamos a identificação para que os pescadores filiados possam preencher corretamente as fichas padronizadas para homologação de Recordes Brasileiros e Mundiais de Pesca , prerrogativa exclusiva da CBPDS homologar; bem como fazer o encaminhamento à homologação da Confederação Mundial de Pesca

RELAÇÃO DOS PEIXES
Acestrorhynchus pantaneiro - peixe-cachorro
Aequidens plagiozonatus - cará, acará, carazinho
Ageneiosus brevifilis - palmito
Apareidon affinis - duro-duro
Apistogramma spp - cará, acará
Aphyocharax dentatus - piquirão, douradinho
Astronotus ocellatus - cará-açu, acará-açu
Astyanax abramis - lambari
Astyanax bimaculatus - lambari
Astyanax marionae - lambari
Astyanax pelegrini - lambari
Auchenipterus nigripinnis - palmitinho
Batrachops semifasciatus - joana-guensa
Brycon microlepis - piraputanga
Catathyridium jenynsii - arraia-sem-ferrão
Catoprion mento - piranha, catirina
Chaetobranchopsis australis - cará
Characidium aff. zebra - piquira
Characidium borelli - lpiquira
Charax gibbosus - saicanga
Cichlasoma dimerus - cará
Corydoras aeneus - camboatazinho
Corydoras spp - camboatozinho
Crenicichla lepidota - joana-guensa
Crenicichla vittata - joana-guensa
Curimatella australe - curimbatazinho
Cyphocharax platanus - curimbatazinho
Cyphocharax spilurus - curimbatazinho
Cynopotamus kincaidi - saicanga
Cynopotamus argenteus - saicanga
Deuterodon acanthogaster - lambari
Doras eigenmanni - rique-rique
Eigenmannia spp - tuvira
Galeocharax humeralis - saicanga
Gymnotus carapo - tuvira
Hemiodopsis microlepis - piava-banana, bananinha
Hemiodopsis semitaeniatus - peixe-banana, bananinha
Hemiodus orthonops - peixe-banana, bananinha
Hemisorubim platyrrhynchus - jurupoca
Hoplias Aff. malabaricus - rubafo, traíra, lobó
Hoplerythrinus unitaeniatus - jeju
Hoplosternum littorale - camboatá
Hoplosternum pectorale - camboatá
Hoplosternum personatus - camboatá
Hypostomus spp - cascudos
Laetacara dorsigera - cará, acará, carazinho
Leporellus vittatus - piava
Leporinus friderici - piau
Leporinus lacustris - piau
Leporinus macrocephalus - piavuçu
Leporinus obtusidens - piau
Leporinus striatus - piava, riscadinho
Loricaria spp - rapa-canoa, acari, cari
Loricariichthys spp - rapa-canoa, acari, cari
Markiana nigripinis - lambari-do-campo
Megalomena platanus - fidalgo
Mesonauta festivus - cará
Metynnis maculatus - pacu-peva
Metynnis mola - pacu-peva
Moenkhausia intermedia - lambari
Moenkhausia sanctae - lambari
Moenkhausia dichroura - lambari
Myloplus levis - pacu-peva, coxa-de-negro
Mylossoma orbignyanum - pacu-peva, pacu-prata
Mylossoma paraguayensis - pacu-peva
Oxydoras knerii - abotoado, botoado, focinho de porco, armão, armau
Paulicea luetkeni - jaú
Parauchenipterus galeatus - jauzinho
Pellona flavipinnis - sardinhão
Piaractus mesopotamicus - pacu, pacu-caranha, caranha
Pimelodella gracillis - chum-chum
Pimelodella megalura - chum-chum
Pimelodella mucosa - chum-chum
Pimelodella notomelas - chum-chum
Pimelodella taenioptera - chum-chum
Pimelodus ornatus - bagre
Pinirampus pinirampus - barbado-branco, barbado
Poptella paraguayensis - saia-branca
Potamorhaphis eigenmanni - peixe-agulha
Potamortrygon brachyura - arraia, raia
Potamortrygon falkneri - arraia, raia
Potamortrygon motoro - arraia, raia
Potamorhina squamoralevis - sairu-liso
Plagioscion ternetzi - corvina, surubina
Platydoras costatus - roque-roque
Prochilodus lineatus - curimbatá
Psectrogaster curviventris - sairu-cascudo
Pseudoplatystoma corruscans - pintado, cambucu, surubim
Pseudoplatystoma fasciatum - cachara, surubim-cachara
Pterodoras granulosus - abotoado, botoado barriga de folha
Pterygoplichthys anisiti - cascudo
Pygocentrus nattereri - piranha
Rhamphichthys cf. marmoratus - tuvira
Raphiodon vulpinus - peixe-cachorro, dourada-cadela
Roeboides bonariensis - saicanga
Roeboides descalvadensis - saicanga
Roeboides microlepis - saicanga
Roeboides paranensis - saicanga
Roeboides prognathus - saicanga
Rhinodoras d’orbgnyi - botoado
Salminus maxillosus - dourado
Satanoperca pappaterra - cará
Serrasalmus marginatus - piranha, pirambeba, catirina
Serrasalmus spilopleura - piranha, pirambeba, catirina
Schizodon borellii - piava, chimburé
Schizodon isognathus - peixe-rei
Sorumbim lima - jurupensem, bico-de-pato
Steindachnerina brevipina - curimbatizinho
Steindachnerina conspersa - curimbatizinho
Sturisoma sp - cari, acari, rapa-canoa
Synbranchus marmoratus - mussum
Tetragonopterus argenteus - sauá
Thoracocharax stellatus - papudinho
Trachydoras paraguayensis - rique-rique
Triportheus angulatus - sardinha

Tribunal Federal mantém proibição de se construir termelétrica no Pantanal

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) manteve a decisão de impedir que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) conceda licença ambiental para construção de uma termelétrica em Corumbá, em Mato Grosso do Sul. A decisão foi da última quinta-feira e divulgada hoje.
Em 2005, o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Mato Grosso do Sul moveram uma ação civil pública contra o Ibama, que havia concedido uma licença prévia para a construção da usina conhecida como Termopantanal, na região de Corumbá.
O objetivo da ação era invalidar a licença, uma vez que o Estudo de Impacto Ambiental (EIA-RIMA), documento obrigatório para construção de usinas como esta, tinha uma série de deficiências. Entre elas, a ausência de um estudo sobre a possibilidade de os rios da região serem contaminados por metais pesados, como o mercúrio. A 1ª Vara Federal de Corumbá concedeu liminar, suspendendo o processo de licenciamento ambiental.
Dessa decisão recorreu o Ibama, alegando que não compete ao Ministério Público impedi-lo de exercer as suas atribuições legais, como a de expedir licenças ambientais.
Entretanto, para a procuradora regional da República, Maria Silvia Luedemann, o Ministério Público não quer impedir que o Ibama conceda licenças, como é sua obrigação. Em verdade, o que visa o MPF é garantir que as normas técnicas de proteção ao meio ambiente e à saúde pública sejam cumpridas pelo empreendedor e pelo órgão licenciador.
De acordo com a manifestação lançada nos autos, defendeu a procuradora que "percebe-se da análise dos autos, de forma cristalina, a possibilidade de dano irreversível que poderá redundar da instalação da usina termelétrica na região do Pantanal-Sul-Mato-Grossense, área declarada patrimônio nacional pela Constituição Federal”.
"O procedimento de autorização para empreendimentos que causem impacto ambiental", prossegue ela, "principalmente  em áreas declaradas patrimônio nacional, como é o caso do Pantanal Sul-Mato-Grossense, possui rigorosas normas que devem ser observadas". Para a procuradora, o Estudo de Impacto Ambiental apresentado pelo empreendedor do projeto Termopantanal é absolutamente precário”.
Por fim, a procuradora Maria Silvia Luedemann lembra que "o que o Direito Ambiental objetiva não é obter uma reparação do dano causado ao final de um processo e sim prevenir a sua ocorrência e reprimir prontamente o ilícito para evitar maiores prejuízos ao meio ambiente, que se deseja equilibrado".
A 3ª Turma do TRF-3 acolheu a tese do MPF e rejeitou o recurso do Ibama por unanimidade, mantendo o impedimento da autarquia em conceder a licença ambiental para a construção da termelétrica.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Projeto tenta salvar ariranhas e lontras no Pantanal de Mato Grosso

Está sendo lançada essa semana, na cidade de Cáceres, no Pantanal Matogrossense, o projeto Pantanal: Ariranhas e Lontras. O objetivo da iniciativa patrocinada pela Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental, é pesquisar e proteger ambas as espécies, ameaçadas de extinção, além de implementar ações de educação ambiental na região. O alvo do projeto é proteger esses dois animais, só encontrados na América do Sul, mais especificamente na região pantaneira.
Dados biológicos da IUCN (International Union for Conservation of Nature)  indicam uma população total de ariranhas entre mil e cinco mil exemplares presentes na Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela - sendo cerca de 500 indivíduos no Pantanal. Isto representa no mínimo 10% da população total podendo chegar a até 50% da estimativa, presente só no Pantanal. Precisamos considerar estes dados com atenção. São poucos indivíduos, o que só aumenta nossa responsabilidade, explica o coordenador técnico do projeto, o ecólogo Douglas Trent, da SCDC Desenvolvimento Sustentável, parceira da Fundação Darcy Ribeiro para realização do projeto.
A sede do Pantanal: Ariranhas e Lontras será a cidade de Cáceres, no Mato Grosso. A localização foi estrategicamente analisada, já que lá se encontra a maior evidência desses animais. No entanto, sua abrangência será bem mais ampla, se iniciando no Rio Paraguai, 20 km depois de Porto Conceição e chegando ao ponto sul da Estação Ecológica de Taiamã.
Com relação à educação ambiental, está sendo lançado o programa Conexão com a Natureza: Conhecer para Preservar uma lição de vida, voltado aos moradores, cuja economia é basicamente centrada na pesca e agropecuária. Ele será direcionado às escolas, turistas, pescadores e comunidades locais e realizado por meio de barcos/escola e barco/pesquisa, que se deslocará pelo curso do rio Paraguai, no trecho situado entre a cidade de Cáceres/MT e a Estação Ecológica de Taiamã. A meta é atender diretamente cerca de 11.800 pessoas em dois anos do projeto. O total de beneficiados deve chegar a quase 87 mil habitantes.
O Projeto Pantanal: Ariranhas e Lontras propõe estabelecer uma rede de cooperação, por meio da construção de um espaço ampliado de participação socioambiental, para o qual confluam ações e iniciativas propostas pelos parceiros, gestores e comunidades envolvidas.

Pantanal será cenário para caravana de turismo

Turismo, aventura, consciência ambiental e esporte. Essa é a mistura proposta pela Caravana Binacional Pantaneira 2011, prevista para acontecer pela primeira vez no Brasil em outubro.
Os diretores da Caravana da Bolívia, realizadores do evento há 14 anos, irão apresentar o projeto da Primeira Caravana Binacional Pantaneira 2011 na próxima segunda-feira (28), às 8h, na sala de reuniões da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul.
Caravana Binacional Pantaneira
Essa ideia surgiu em 1997, na Bolívia, com o nome de Caravana Andino- Amazônica e contou com a participação de oito aventureiros praticantes do motociclismo de duas e quatro rodas, que tinham como objetivo resgatar as belezas turísticas localizadas em lugares distantes e de difícil acesso em território boliviano. O roteiro chamou a atenção e, no ano seguinte, já havia 60 quadriciclistas e motociclistas bolivianos e estrangeiros participando. Destacava-se entre eles um jornalista, editor da revista “4 Wheel ATV Action” e de outras reportagens nacionais.
A participação da imprensa tornou o evento um sucesso internacional, levando os organizadores – chamados atualmente de Caravana Ecoturística ATV Bolívia – a criarem uma logística profissional para o evento, com itens como: alimentação, hospedagem, abastecimento dos veículos, comunicação via satélite, atendimento médico e segurança para todos os participantes.
A primeira Caravana de Turismo e Aventura brasileira, denominada Binacional Pantaneira, acontecerá em outubro de 2011 e já vem com a assinatura e experiência dos empresários da Caravana Andino Amazônica, da Bolívia, realizadora do evento há 14 anos, e contará com participantes de várias nacionalidades.
O itinerário escolhido para a internacionalização da Caravana é a histórica travessia do Pantanal sul-mato-grossense conhecida como “Comitiva”, meio pelo qual os peões pantaneiros retiravam o gado das propriedades rurais alagadas pelas enchentes que, anualmente, invadem este território.
O ponto de partida da Caravana Binacional Pantaneira 2011 – Comitiva Pantaneira será a cidade de Corumbá, fronteira com a Bolívia, seguindo pelo local chamado Lampião Aceso, Estrada Parque, Porto da Manga, Curva do Leque, Passo do Lontra, Nabileque e, saindo das áreas alagadas do Pantanal, seguirá rumo aos caminhos radicais das morrarias e chapadas da Serra de Maracaju, passando pela Aldeia Bodoquena, Bonito e Aquidauana, sempre seguindo por estradas vicinais e trechos radicais, selecionados pela equipe de logística da Caravana. A reta de chegada será a cidade de Campo Grande..

PESCARIA NO PANTANAL

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

POUSADA PORTAL PARAISO

A Pousada Portal Paraíso funciona em uma fazenda ativa com criação de bovinos, eqüinos e bubalinos, sendo que alguns apartamentos foram adaptados na própria estrutura da casa existente, outros são construções mais recentes assim como o restaurante. Não estamos voltados para a pesca, mas efetuamos um dia de pescaria esportiva para que os hospedes possam desfrutar do famoso caldo de piranhas do Pantanal no final da tarde, tendo o prazer de saber que foram eles que fisgaram os peixes.

BARCO HOTEL BONANÇA

Para o seu passeio ou pescaria, o Barco Hotel Bonança dispõe da seguinte estrutura para 16 pessoas: 4 camarotes com ar-condicionado (suítes); Chuveiros elétricos (suítes); Salão e refeitório com TV de 29 polegadas, vídeo, som e antena parabólica, equipado com ar-condicionado de 60.000 BTUs; Cozinha completa; Deck solarium com ducha, churrasqueira e som; 7 banheiros (incluídos os dos camarotes); Sistema de rádio integrado à telefonia nacional; 2 grupos geradores; Sistema de tratamento de água; Geladeiras; 4 freezers; Máquina de gelo; 8 barcos de 6 metros, com bancos giratórios e motores de 15 HPs, caixa térmica, piloteiros e iscas.

BARCO VITÓRIA RÉGIABARCO VITÓRIA RÉGIA

OLA, Amigos pescadores e amantes da natureza! A temporada de Pescaria no Pantanal 2010 esta chegando ao fim no começo de Novembro, mas nós do Barco Vitória Régia estaremos realizando passeios eco turísticos, confraternizações de empresas, safáris fotográficos, eventos para toda a família e amigos. Diárias A Partir de R$ 180,00 por pessoa e Crianças até 5 anos pagam R$ 90,00 Incluso no Pacote: (2ou mais dias) Tripulação, Café da Manhã, Almoço, jantar e churrasco Incluso no Pacote: (1 dia) Tripulação, Café da Manhã e Almoço. Bebidas Pagos a parte: (nos dois pacotes) Cerveja, Água e Refrigerante. CONTATOS: (65) 9967-4493 / 8452-0546 E-MAIL: bhvitoriaregia@yahoo.com.br

Barco Hotel Pegasus

Nos estamos com o Barco Hotel Pegasus ancorado no Rio Paraguai - Caceres MT , barco equipado com 10 camarotes com 4 camas de solteiro , podendo ser transformada em cama de casal, todos com Ar Split individual, Salas de refeições e jogos, Deckamplo oferecendo uma total visão para obtenção de ótimas imagens,focagem de animais, cozinha, tradicional,lanches, bebidas,iscas, piloteiros. Temos 10 Barcos com motores 25 HP ,oferecemos roteiros, saídas de Cáceres MT a Corumbá MS ou até próximo a Reserva Taiamã , para ótima Pescaria e Passeio. Acomodações para até 40 pessoas, estaremos com um pacote especial para o perfil de seu grupo. consulte-nos.

BARCO HOTEL VITORIA REGIA

Capacidade para 12 pessoas Nossa Estrutura 6 Camarotes TODOS CLIMATIZADOS Ampla cozinha Americana Grande Salão para refeições, bar e sala de TV, com antena parabolica, DVD, com um otimo sistema de som. Deck Solarium com, muito espaço coberto para amexnizar o calor e uma area especial para os tradicionais banhos de sol, com duchas e cadeiras de sol. 2 Banheiros sociais Tripulação muito bem treinada para melhor de atende - los.

Pousada Santory

A Pousada Santory adota um sistema diferenciado de trabalho e atendimento com equipe especializada e guias bilingues em Inglês e Japonês. Para cada hóspede fornecemos as bebidas de escolha, bem como uma grande variedade de pratos típicos e diversos peixes da nossa região. Venha desfrutar das mais belas paisagens, fisgar um belo exemplar e apreciar as delícias da nossa culinária com muito conforto, segurança e tranquilidade.

Diferencial

Além da pesca, a Pousada Santory oferece ainda: passeios de barco para observação da fauna e flora pantaneira, focagem noturna, caminhada em trilhas.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Cáceres

Princesinha do Rio Paraguai

A “Princesinha do Rio Paraguai”, como é conhecida, está localizada à margem esquerda do rio Paraguai. No século passado, grandes fazendas produziam açúcar, cachaça e carne. Jacobina, Descalvados, Barranco Vermelho, Ressaca e Facão são algumas das que transformaram a cidade, na época, em um grande pólo do comércio internacional.
Muitas delas, ainda de pé, desafiam o tempo como testemunho do poderio e esplendor do passado. A casa grande, a senzala, a capela com imagens trazidas da Europa, representam verdadeiros símbolos da pujança econômica do passado em pleno Pantanal.

FOTOS DO PANTANAL

PANTANAL MARAVILHA DE DEUS

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Pantanal se recompõe aos poucos após seca histórica em MT

Pantanal se recompõe aos poucos após seca histórica em MT

Há cinco meses, quase toda a vegetação tinha sido consumida pela estiagem no Pantanal de Mato Grosso. Mas chuvas nas últimas semanas mudaram de novo o cenário e, onde antes se via terra rachada, agora há uma imensidão de água.

Na Baía de Chacororé, que agonizou com a pior seca de sua história, a vegetação volta aos poucos. A temporada de chuvas no Pantanal de Mato Grosso começou mais tarde desta vez. Agora, tem sido generosa para a região.

A terceira maior baía do Pantanal já ganhou volume de água e o ribeirinho Josué de Moura agradece. “A gente, que conhece e vive aqui, falava que essa água não ia chegar, mas graças a Deus está chegando”, diz ele, que é caseiro.

Os efeitos da ultima seca se agravaram com a destruição parcial de uma barragem, que fez a água escoar com rapidez. O que chama a atenção é a grande quantidade de capim que agora começa a soltar as raízes sobre áreas alagadas. O risco é que a vegetação prejudique a vida dos peixes.

A ação humana também traz impactos para o ecossistema. Os aterros impedem que pequenos canais de água se encontrem com a baía. Dessa forma, peixes que poderiam se desenvolver não conseguem chegar a outros locais, e o resultado é um grande reservatório com pouco pescado.

PMA autua homem por derrubada ilegal de árvore

Policiais Militares Ambientais de Corumbá autuaram na Fazenda Xaraés um empreiteiro que fazia corte de madeira na propriedade utilizando uma motosserra sem documentação ambiental e porte de uso. Esses documentos, expedidos pelo órgão ambiental, são necessários para a legalização do equipamento.
A apreensão aconteceu durante fiscalização no Pantanal, em conjunto com a Marinha do Brasil. Conforme informações da PMA, o homem preso é o proprietário da fazenda e está residindo temporariamente no local. Ele foi autuado, multado em R$ 1 mil e terá que responder por crime ambiental. A motosserra foi apreendida.
A operação conjunta da PMA com a Marinha do Brasil começou ontem (20) e tem previsão de se estender até o dia 2 de fevereiro.

Pesacaria no Pantanal - Piavuçu

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

CHORA PANTANAL QUERIDO

Sobre o lixo que o Bicho Homem leva para o Pantanal
João de Deus Souto Filho Chora Tuiuiú, Curicaca, Conselheiro. Chora Saracura, Juçanã, Gavião Caramujeiro. Chora Capivara, Macaco-Prego, Veado-Campeiro. Chora Arraia Prateada, Pacu, Bagre, Pintado faceiro. Chora eu, Chora você, Por todo esse lixo Espalhado... O rio, cadê o rio No santuário encantado? Quem trouxe tanta sujeira
Que vejo por todo lado? Seria a brisa pantaneira, Seria o mar do passado? Chora eu, Chora você, Por todo esse lixo Espalhado. O verde, cadê o verde Dessa mata imaculada? Quem trouxe para essas margens Tanto vidro, tanta lata? Seria a chuva torrente, Seria essa correnteza? Ou seria essa rica gente De lancha e bela viseira? Chora eu, Chora você, Por todo esse lixo Espalhado.
A trilha, cadê a trilha, Dantes virgem, Sem desbastes? Quem repisou estas flores, Quem quebrou mais esse galho? Seria a mãe sucuri Que se arrasta com cuidado? Ou mesmo o bicho-preguiça Que segue no lento passo? E a água cristalina, De muitos tempos passados,
Quem é mesmo o responsável Pelos lagos contaminados? Seria a Coruja Buraqueira Ou o pequeno João-de-Barro? Diz a canção pantaneira: "Chalana, velha Chalana, Leva por essas águas Esse meu grito de dor Quando vejo tanta gente Deixando as suas sujeiras Nesta savana multicor." Quem sabe um dia o turista Possa vir a compreender Que mais vale a terra limpa
E a boa água de beber Do que o lixo espalhado Por toda essa ribanceira Que faz desse vale encantado Uma verdadeira lixeira. Pantanal da minha vida, Meu gavião dourado. Periquito está chorando Lá no alto da palmeira, Olha triste, acabrunhado, Para essa grande sujeira.
Até a onça pintada Vai pro meio da estrada: Quer olhar no fundo do olho Desse bicho que se espalha Trazendo pra nossa terra Seus lixos, suas tralhas. E os deuses da verde mata, Guardiãs dessas riquezas, Vestem luto, ficam mudos, Com toda essa desgraçeira. Chora Jacaré ligeiro, Tamanduá Bandeira. Chora eu e o mundo inteiro Por esse desastre pantaneiro. Meu filho também suspira,
E me pergunta indignado:
Que herança me deixaste Nesse Pantanal amado? O rio, cadê o rio, Que antes trazia vida ?
A mata, cadê a mata, Tão viçosa de outrora? Cadê o canto das aves Que embalava o meu sono? Responda meu pai querido, Por que permitiste isso? Chora o povo da floresta, Chora mãe d'água encantada,
O choro dos condenados. Aquele choro doído Por ter seu corpo violado. Quem será o "gran Juiz" Dessa peleja desigual?

Não sei, nem mesmo imagino

A quem caberá a decisão De por fim a essa maldade. Tenho, porém, no meu peito Uma única e grande certeza: No dia do Gran Juízo, Ao homem será cobrada

A conta por tudo isso

Nessa hora, nesse dia Este ser racional Reconhecerá seus erros Cometidos no Pantanal.

Fim

CAÇA ILEGAL

Caça Ilegal O difícil acesso protegeu até recentemente o Pantanal do impacto humano, e somente nas últimas décadas este começou a ser explorado por caçadores de peles de ariranha e de jacaré. Hoje em dia, a caça ilegal e o contrabando de peles de jacaré estão, de maneira geral, sob controle, e as fazendas de criação de jacarés estão se multiplicando. A caça desordenada dos veados, das capivaras e dos baguás, animais considerados transmissores de doenças, das aves piscívoras e granívoras, das cobras e das onças, constitui perigo direto para a diversidade biológica regional.
A pesca comercial do Pantanal tornou-se um problema ambiental sério, com a chegada dos barcos e dos caminhões frigoríficos. Até a pesca esportiva, cada vez mais intensa, precisa de fiscalização severa. Este é o caso principalmente nos meses da piracema, quando as fêmeas sobem os rios até as cabeceiras, tornando-se presas fáceis. Existem cotas individuais por pescador amador, porém o número de pescadores turistas aumenta com a crescente facilidade de acesso ao Pantanal.

PRINCIPAIS AMEAÇAS DO PANTANAL

O Pantanal é a maior planície alagada das Américas

São Paulo - O Pantanal Mato-grossense é a maior planície alagada do continente americano, com 133.465 Km2. Localizado no Centro-Oeste brasileiro, engloba parte dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de avançar para Bolívia e Paraguai.
A localização estratégica, sob influência de diversos ecossistemas - Cerrado, Chaco, Amazônia e Mata Atlântica -, associada a ciclos anuais e plurianuais de cheia e seca e temperaturas elevadas, faz do Pantanal o local com a maior concentração de fauna das Américas, sendo comparável às áreas de maior densidade da África. Jacarés, araraúnas, papagaios, tucanos, além do emblemático tuiuiú são parte da paisagem pantaneira.
Sua biodiversidade inclui mais de 650 espécies diferentes de aves, 262 espécies de peixe, 1.100 espécies de borboletas, 80 espécies de mamíferos e 50 de répteis. Além disso, o Pantanal conta com 1.700 espécies de plantas.
Jacarés e tuiuius são parte da paisagem pantaneira: a maior concentração de fauna das Américas
A principal característica dessa região é a interdependência de quase todas as espécies de plantas e animais do fluxo das águas.
Durante os meses de outubro a abril, as chuvas aumentam o volume dos rios que, devido à pouca declividade do terreno, extravasam seus leitos e inundam a planície. Nessa época, muitos animais buscam refúgio nas terras 'firmes', espalhando-se pelas áreas não inundadas. Peixes se reproduzem e plantas aquáticas entram em floração.
Ao final do período das chuvas, entre junho e setembro, as águas baixam lentamente e voltam ao seu curso natural, deixando os nutrientes que fertilizam o solo. As aves se aglomeram em imensos ninhais, iniciando a reprodução antes da maioria das espécies dos outros ecossistemas brasileiros. Mamíferos e répteis migram internamente, acompanhando as águas. No auge da seca, a fauna se concentra em torno das lagoas e pequenos cursos d'água - os corixos - facilitando sua observação, tanto por turistas, como por coletores e caçadores.

Principais ameaças

Criação de gado é a principal atividade econômica da região.
Introduzida no final do século XIX, a criação de gado bovino é a principal atividade econômica do Pantanal e conta com um rebanho de 3 milhões de cabeças. Tradicionalmente, a pecuária extensiva também obedecia ao ritmo das águas, tendo se desenvolvido, inclusive, raças pantaneiras de bovinos e eqüinos, adaptados ao pastejo em águas rasas. A modernização dessa pecuária, entretanto, trouxe a divisão de terras, variedades exóticas de capim e a necessidade de interferir no fluxo das águas com pequenas represas, estradas, dragagens e drenagens, além de difundir o uso de pesticidas.
A pesca é outra atividade bastante desenvolvida. Em que pese a enorme produtividade pesqueira do ecossistema e a riqueza de espécies comerciais, tanto a pesca industrial - para exportação a outras regiões do país ou para abastecimento dos restaurantes e hotéis - como o turismo de pesca ameaçam a sustentabilidade. Os peixes estão diminuindo de tamanho e tornando-se mais raros, nítidos sinais de superexploração, aos quais se somam problemas de contaminação por pesticidas e poluição industrial, sobretudo nos rios que vem do planalto.
Pesca sem controle: peixes estão diminuindo de tamanho e tornando-se raros.
Essa falta de controle sobre as atividades desenvolvidas na região e seu entorno motivaram o Banco Mundial a considerar o Pantanal como área vulnerável e prioridade máxima para conservação. Somam-se, ainda, problemas com a mineração, o aumento do lixo urbano e projetos de navegação. Algumas atividades, como a caça ilegal e o crescimento desordenado do turismo, representam ameaça direta à vida selvagem, além da pesca predatória.
Existem apenas duas áreas protegidas pelo governo nessa região - o Parque Nacional do Pantanal, com 135.000 hectares, e a Estação Ecológica de Taiamã, com 11.200 hectares. Além disso, existem três Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), administradas pela Fundação Ecotrópica - Acurizal, Penha e Dorochê -, que somam 55.000 hectares contíguos ao Parque Nacional e aumentam em 44% a área protegida.
A recomendação do workshop de Áreas Prioritárias para Conservação do Cerrado e do Pantanal, realizado em 1998, com a participação de 200 especialistas, é de formação de corredores ao longo dos rios, interligando 20 áreas consideradas importantes para preservação da biodiversidade

sábado, 15 de janeiro de 2011

PEIXES MAIS COBIÇADOS DO PANTANAL


DOURADO: Chamado de "o rei do rio", é um peixe de escama, majestoso, atingindo em média 17 Kg quando adulto. Ao ser fisgado pula e briga. Quando o Pantanal começa a vazar e os cardumes se mostram atacando as iscas brancas que saem dos campos para os rios, é a melhor época para pescá-los. É um excelente nadador, preferindo as águas limpas, claras e de corredeira intensa.
BAGRE: Apreciado pela saborosa carne, chega a dois quilos, não ultrapassando 30 cm. Possui nadadeiras dorsais e é desprovido de espinhos de sustentação. Seus ferrões provocam ferimentos, motivo este o qual não se pode pegá-lo com as mãos desprotegidas.
CORIMBATÁ: Sua carne é saborosa. Alcança até 60 cm de comprimento. Em outras regiões é conhecido como papaterra,grumatã,ourimatã e corimbatá
CACHARA: Pode ser identificado pelas listas laterais e no dorso. O pescador deve tomar cuidado com as espinhas nas nadadeiras. O tamanho máximo que este peixe pode atingir é 1 metro de comprimento. Alimenta-se com pequenos bagres e curimbatás. O período de reprodução ocorre de dezembro a fevereiro na cabeceira dos rios.
PACÚ: Peixe de escamas, chegando a pesar 20 Kg. Apresenta corpo ovalado e achatado com dorso em cinza escuro. O pacú prefere ficar nos campos alagadiços durante o dia e ir para os rios apenas à noite. Além de vegetação e caranguejos, é possível fisgá-los com filés de peixes, sendo preferível a utilização de frutas típicas tipo laranjinha, cajú e tucum. Sua reprodução ocorre de dezembro a fevereiro.
JAÚ: Peixe de couro, pesando até 120 Kg. É considerado um dos maiores do rio. O jaú prefere os grandes e profundos poções, sendo mais facilmente encontrado nas cheias e médias vazantes. Recomenda-se ao pescador o uso de material pesado e iscas como a tuvira, o jeju, o minhocuçu, o muçum, cascudos, ou peixes pequenos e vivos tipo traíra, piaus e piabas. Seu tamanho máximo chega a 1,3 metros com 100 kg de peso, mas há relatos de um jaú de 180 kg. Fato verídico ou apenas história de pescador?
PIAVA: Saborosa na mesa. No Pantanal sua carne é utilizada como isca de peixes grandes. É conhecido também por piaba.
PINTADO: Atingindo 65 Kg, o Pintado é um peixe de couro, caracterizando-se pelas pintas em toda a extensão de seu corpo, diferenciando-se do Cachara por suas listras transversais. Enquanto o Dourado prefere as águas mais rápidas, o Pintado prefere as mais calmas. Seu período de reprodução ocorre de dezembro a fevereiro na cabeceira dos rios.Para pescá-lo, deve-se ficar antes ou depois das corredeiras, sendo as iscas brancas e vivas são as mais recomendadas.É um peixe muito famoso pela sua carne saborosa.
PIRANHA: É, sem dúvida, um dos peixes mais famosos e típicos do Pantanal. Algumas regiões podem ser mesmo perigosas devido à grande concentração desta espécie. Podem ser encontradas durante o dia até o entardecer. É astuto e audacioso, ao menor sinal de sangue se reúnem, prontas para devorar o que quer que seja, é necessário muito cuidado para não se ferir. Possui escamas e atinge no máximo 35 cm, e não passa dos 4 quilos. No Pantanal, para se atravessar um rio com uma boiada, costuma-se sacrificar um animal alguns metros abaixo para o cardume não atacar o rebanho. A carne da Piranha é boa, apesar de espinhosa, sendo mais utilizada em caldos e sopas.
PERAPUTANGA: Nadadeiras e caudas avermelhadas, e escamas brancas pelo corpo. É ágil ao ser fisgada, atingindo mais de 50 cm de comprimento, e no máximo 1 quilo. Saborosa demais quando assada, por isso disputadíssima pelos pescadores.

Sinfonia de Passaros no Pantanal

PANTANAL NORTE

PANTANAL NORTE
O Pantanal Norte (MT), localizado a sul de Cuiabá, guarda intacto o ecossistema pantaneiro em mais de 135.000 Km2. É composto basicamente de campos e áreas inundáveis que abrigam, entre outros animais, jacarés, capivaras, antas e várias espécies de aves, incluindo o Tuiuiu que é o passaro simbolo da região.
ÉPOCA DE CHEIAS - de Dezembro a Março - se inicia com o transbordar das águas do Rio Paraguai, obrigando os animais a buscar as áreas mais elevadas do terreno - as cordilheiras. Esta é a melhor época do ano para se ver a plenitude do Pantanal com vastos campos totalmente alagados se destacando toda a plenitude da flora. Poderão ser avistados as mesmas espécies de animais que se vêem na época da seca só que em grupos menores e mais espalhados.
ÉPOCA DA SECA - de junho a Novembro - as águas baixam retornando aos leitos dos rios deixando os campos secos. A planície volta a ter o leito de seus rios definidos e varias lagoas aparecem e com o passar dos dias podem secar totalmente. Durante este período, nestas lagoas encontramos uma grande concentração de animais (répteis, aves e mamiferos) se alimentando e reproduzindo.
É um paraíso para observadores e fotografos de aves e outros animais.

PRINCIPAIS ACESSOS:
- Poconé, 100 Km a Sudoeste de Cuiabá, e pela Estrada Parque Transpantaneira.
- Barão de Melgaço, 100 Km a Sudeste de Cuiabá.
- Cáceres, 245 Km a Sudoeste de Cuiabá.

PANTANAL ...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Atrativo histórico

Fortaleza Militar de Coimbra - À beira do rio Paraguai, o forte é dominado pelo Morro da Marinha. Tombado há 23 anos pelo Patrimônio Histórico Nacional, abriga a artilharia da 18ª brigada de Infantaria de Fronteira do Exército.
Uma de suas atrações, com belíssimas formações, é a Gruta Buraco do Inferno.

Pantanal dá exemplo

Experiência pantaneira é divulgada para empresários do setor de ecoturismo de todo o Brasil. O Pantanal é uma das regiões mais ricas em biodiversidade do país, por ser uma área de transição entre o cerrado, o ecossistema amazônico e o chaco boliviano e paraguaio. Esta variedade de ambientes resulta em grande riqueza de flora e fauna, que torna a região um dos principais destinos para o turismo contemplativo e observação de vida selvagem. Devido à sua rica e exuberante natureza, o Pantanal é destino certo para os apaixonados por ecoturismo.
Por ser um destino importante nesse segmento, o Pantanal foi escolhido para integrar o roteiro de viagens técnicas do programa “Benchmarking em Turismo 2010 – Vivências Brasil”. Desde 27 de setembro e até 3 de outubro, empresários do setor conhecem as experiências da atividade turística no local, com visitas técnicas, seminários e reuniões.
O objetivo é assimilar novos conhecimentos e experiências que possam contribuir com a melhoria do setor, explica a coordenadora geral de Serviços Turísticos do MTur, Rosiane Rockenbach: “O programa irá qualificar o empresariado brasileiro e aprimorar os diversos segmentos do turismo, com base na observação e reprodução de boas práticas identificadas em destinos referência”, disse ela.
O programa do Ministério do Turismo (MTur) é executado pela Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV), em parceria com o Sebrae Nacional. Os empresários irão conhecer experiências bem sucedidas, como a estratégia de inserir a observação da cultura indígena no circuito turístico. Outro ponto de interesse é um empreendimento privado, que tem como uma de suas principais atividades a observação de vida selvagem, especialmente a observação de aves. A programação será encerrada com um seminário, no qual representantes do poder público e de associações ligadas ao turismo vão apresentar as estratégias de promoção do destino.
Multiplicação de conhecimento – Esta é a última etapa do Vivências Brasil 2010, com visitas técnicas nacionais. Nesta edição o programa passou por Recife e Olinda (turismo cultural), São Paulo (turismo de eventos e negócios), Brotas e Socorro (turismo de aventura), Gramado e Canela (eventos como alternativa para combater a sazonalidade) e Búzios (turismo de sol e praia).
O Benchmarking 2010 também já esteve em três destinos internacionais: República Tcheca (operação em países emergentes), Itália (termalismo e saúde) e Peru (turismo de selva e de base comunitária). No final de novembro acontece a última viagem do Benchmarking 2010, para o México, com foco de observação na diversificação da oferta de produtos turísticos. Após as viagens, os empresários participantes têm o desafio de multiplicar o conhecimento obtido para outros empresários em seus destinos de origem, com apoio dos Sebraes estaduais.

PANTANAL

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Um Dia de Pesca no Pantanal


PESACARIA NO BURACO NO PANTANAL

HIDROVIA PARAGUAI-PANTANAL


Palco de acaloradas discussões entre os ecologistas e o governo dos estados e dos países que compõem o Pantanal, a Hidrovia Paraguai-Paraná tem sido alvo de inúmeras denúncias e, além da importância estratégica e econômica da projeto, poucas publicações técnico-científicas tem sido editadas com o propósito de condenar ou elogiar o projeto.
Trata-se de um projeto visando a ligação fluvial do Porto de Cáceres em Mato Grosso - Brasil, ao Porto de Nueva Palmira no Uruguai, perfazendo aproximadamente 3.400 Km e um custo estimado de construção na faixa de US$ 1,3 bilhão, financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Tal ligação hoje está parcialmente inviabilizada para embarcações de médio a grande porte, pois as condições de navegação dos rios não são adequadas.As obras prevêem retificações e rebaixamento do leito do rio Paraguai além de explosões de rochas e construção de diques nos afluentes.

Impactos Ambientais

Embora o estudo de impacto ambiental ainda não esteja concluído as obras já se iniciaram em muitos pontos do percurso da hidrovia. Tais eventos colocam em risco a fauna e a flora do Pantanal pois os efeitos destas mesmas obras sequer foram apontados ou levantados pelas autoridades e técnicos envolvidos.
Porém as ONG's já emitem algumas opiniões a respeito. Dentre estas opiniões pode-se destacar: - a modificação do traçado e da profundidade original dos rios pode alterar o regime de águas da região; - a demolição de soleiras rochosas como meio de aprofundar o canal de navegação poderia não mais sujeitar grandes áreas à inundação sazonal; - o escoamento superficial aumentaria com a melhoria dos canais dos rios, podendo causar a intensificação das cheias reduzindo os períodos de seca e provocando por conseguinte mudanças climáticas regionais.

Impactos Sociais

De acordo com algumas ONG's estas mudanças no ecossistema poderia interferir na vida de comunidades de pescadores, camponeses e índios. Na região cortada pela hidrovia vivem, pelo menos, os índios bororos, guaranis, terenas e guatós.
A representante dos grupos indígenas da região, a índia Marta Guarani em entrevista feita em 1994 a Folha de São Paulo, disse que as comunidades estão preocupadas: "Vão mexer com a nossa vida e nós não estamos sendo consultados.
Os nossos rios já estão contaminados com mercúrio e agora vão começar os barcos"

Vantagens Estratégicas e Econômicas

Como parte da política de integração latino-americana e/ou do Mercosul, a hidrovia é de importância vital para os países envolvidos, uma vez que o custo de transporte de cargas e alimentos sofre uma queda considerável quando feito pela hidrovia, além de acentuar consideravelmente o intercâmbio de produtos entre os países.
Tal queda no preço de transporte poderia trazer desenvolvimento para as regiões previlegiadas pela hidrovia, porém, tampouco um estudo minucioso desse impacto benéfico foi feito para as regiões envolvidas.
Alguns estudiosos afirmam também que apenas a cultura da soja seria beneficiada pela hidrovia e que projetos como a Ferronorte seriam concorrentes da hidrovia uma vez que também tem o objetivo de facilitar o transporte de soja. Muitos estudiosos defendem também que, se a preocupação é pela geração de empregos e de receita, a pesca pode gerar empregos ao mesmo tempo que o turismo no Pantanal gerou no ano de 1993 US$ 30 milhões com a movimentação de 100 mil turistas.

POLUIÇÃO DO PANTANAL

A poluição do pantanal tem se acelerado com a crescente ocupação urbana das bacias hidrográficas que entornam o Pantanal propriamente dito. No caso da região norte do Pantanal, a questão é mais preocupante, uma vez que além da poluição urbana, somam-se à mesma a poluição dos garimpos de ouro e diamante. Concomitante a isso nota-se uma destruição gradual dos seus entornos através das nascentes dos rios, dos agrotóxicos e fertilizantes das lavouras. Outro ecossistema ligado diretamente ao Pantanal é o Cerrado, cujo aproveitamento econômico, através do plantio de extensas lavouras de soja e outros produtos, tem impactado negativamente toda a região do Pantanal.

Erosão

O mau uso do solo nas sub-bacias que compõem o Pantanal faz com que os processos erosivos aumentem de intensidade ano a ano, aumentando por conseguinte a quantidade de resíduos totais e o transporte de sedimentos no leito dos rios.

Sub-Bacia do Rio Cuiabá

A principal sub-bacia comprometida é a bacia do rio Cuiabá. De acordo com levantamentos preliminares dos técnicos da FEMA, feitos a partir do Projeto de Monitoramento da Qualidade da Água (MQA), 71 indústrias são potencialmente poluidoras, sendo que 30,9% são responsáveis por toda a carga de origem industrial lançada principalmente nos rios Cuiabá e Coxipó. Os córregos da Prainha, Gambá, Mané Pinto, Barbado e o rio Coxipó recebem diretamente em seus leitos e sem qualquer tratamento a carga de esgoto da Grande Cuiabá (Cuiabá e Várzea Grande). Nas praias de Santo Antonio do Leverger (a poucos quilometros de Cuiabá) o alto índice de coliformes fecais registrado torna impróprio o banho de moradores e turistas.

Poluição Urbana

A poluição urbana, além de seus dejetos naturais, origina-se principalmente de: - usinas de cana-de-açucar; - frigoríficos; e - curtumes.