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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Cáceres

Princesinha do Rio Paraguai

A “Princesinha do Rio Paraguai”, como é conhecida, está localizada à margem esquerda do rio Paraguai. No século passado, grandes fazendas produziam açúcar, cachaça e carne. Jacobina, Descalvados, Barranco Vermelho, Ressaca e Facão são algumas das que transformaram a cidade, na época, em um grande pólo do comércio internacional.
Muitas delas, ainda de pé, desafiam o tempo como testemunho do poderio e esplendor do passado. A casa grande, a senzala, a capela com imagens trazidas da Europa, representam verdadeiros símbolos da pujança econômica do passado em pleno Pantanal.

FOTOS DO PANTANAL

PANTANAL MARAVILHA DE DEUS

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Pantanal se recompõe aos poucos após seca histórica em MT

Pantanal se recompõe aos poucos após seca histórica em MT

Há cinco meses, quase toda a vegetação tinha sido consumida pela estiagem no Pantanal de Mato Grosso. Mas chuvas nas últimas semanas mudaram de novo o cenário e, onde antes se via terra rachada, agora há uma imensidão de água.

Na Baía de Chacororé, que agonizou com a pior seca de sua história, a vegetação volta aos poucos. A temporada de chuvas no Pantanal de Mato Grosso começou mais tarde desta vez. Agora, tem sido generosa para a região.

A terceira maior baía do Pantanal já ganhou volume de água e o ribeirinho Josué de Moura agradece. “A gente, que conhece e vive aqui, falava que essa água não ia chegar, mas graças a Deus está chegando”, diz ele, que é caseiro.

Os efeitos da ultima seca se agravaram com a destruição parcial de uma barragem, que fez a água escoar com rapidez. O que chama a atenção é a grande quantidade de capim que agora começa a soltar as raízes sobre áreas alagadas. O risco é que a vegetação prejudique a vida dos peixes.

A ação humana também traz impactos para o ecossistema. Os aterros impedem que pequenos canais de água se encontrem com a baía. Dessa forma, peixes que poderiam se desenvolver não conseguem chegar a outros locais, e o resultado é um grande reservatório com pouco pescado.

PMA autua homem por derrubada ilegal de árvore

Policiais Militares Ambientais de Corumbá autuaram na Fazenda Xaraés um empreiteiro que fazia corte de madeira na propriedade utilizando uma motosserra sem documentação ambiental e porte de uso. Esses documentos, expedidos pelo órgão ambiental, são necessários para a legalização do equipamento.
A apreensão aconteceu durante fiscalização no Pantanal, em conjunto com a Marinha do Brasil. Conforme informações da PMA, o homem preso é o proprietário da fazenda e está residindo temporariamente no local. Ele foi autuado, multado em R$ 1 mil e terá que responder por crime ambiental. A motosserra foi apreendida.
A operação conjunta da PMA com a Marinha do Brasil começou ontem (20) e tem previsão de se estender até o dia 2 de fevereiro.

Pesacaria no Pantanal - Piavuçu

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

CHORA PANTANAL QUERIDO

Sobre o lixo que o Bicho Homem leva para o Pantanal
João de Deus Souto Filho Chora Tuiuiú, Curicaca, Conselheiro. Chora Saracura, Juçanã, Gavião Caramujeiro. Chora Capivara, Macaco-Prego, Veado-Campeiro. Chora Arraia Prateada, Pacu, Bagre, Pintado faceiro. Chora eu, Chora você, Por todo esse lixo Espalhado... O rio, cadê o rio No santuário encantado? Quem trouxe tanta sujeira
Que vejo por todo lado? Seria a brisa pantaneira, Seria o mar do passado? Chora eu, Chora você, Por todo esse lixo Espalhado. O verde, cadê o verde Dessa mata imaculada? Quem trouxe para essas margens Tanto vidro, tanta lata? Seria a chuva torrente, Seria essa correnteza? Ou seria essa rica gente De lancha e bela viseira? Chora eu, Chora você, Por todo esse lixo Espalhado.
A trilha, cadê a trilha, Dantes virgem, Sem desbastes? Quem repisou estas flores, Quem quebrou mais esse galho? Seria a mãe sucuri Que se arrasta com cuidado? Ou mesmo o bicho-preguiça Que segue no lento passo? E a água cristalina, De muitos tempos passados,
Quem é mesmo o responsável Pelos lagos contaminados? Seria a Coruja Buraqueira Ou o pequeno João-de-Barro? Diz a canção pantaneira: "Chalana, velha Chalana, Leva por essas águas Esse meu grito de dor Quando vejo tanta gente Deixando as suas sujeiras Nesta savana multicor." Quem sabe um dia o turista Possa vir a compreender Que mais vale a terra limpa
E a boa água de beber Do que o lixo espalhado Por toda essa ribanceira Que faz desse vale encantado Uma verdadeira lixeira. Pantanal da minha vida, Meu gavião dourado. Periquito está chorando Lá no alto da palmeira, Olha triste, acabrunhado, Para essa grande sujeira.
Até a onça pintada Vai pro meio da estrada: Quer olhar no fundo do olho Desse bicho que se espalha Trazendo pra nossa terra Seus lixos, suas tralhas. E os deuses da verde mata, Guardiãs dessas riquezas, Vestem luto, ficam mudos, Com toda essa desgraçeira. Chora Jacaré ligeiro, Tamanduá Bandeira. Chora eu e o mundo inteiro Por esse desastre pantaneiro. Meu filho também suspira,
E me pergunta indignado:
Que herança me deixaste Nesse Pantanal amado? O rio, cadê o rio, Que antes trazia vida ?
A mata, cadê a mata, Tão viçosa de outrora? Cadê o canto das aves Que embalava o meu sono? Responda meu pai querido, Por que permitiste isso? Chora o povo da floresta, Chora mãe d'água encantada,
O choro dos condenados. Aquele choro doído Por ter seu corpo violado. Quem será o "gran Juiz" Dessa peleja desigual?

Não sei, nem mesmo imagino

A quem caberá a decisão De por fim a essa maldade. Tenho, porém, no meu peito Uma única e grande certeza: No dia do Gran Juízo, Ao homem será cobrada

A conta por tudo isso

Nessa hora, nesse dia Este ser racional Reconhecerá seus erros Cometidos no Pantanal.

Fim

CAÇA ILEGAL

Caça Ilegal O difícil acesso protegeu até recentemente o Pantanal do impacto humano, e somente nas últimas décadas este começou a ser explorado por caçadores de peles de ariranha e de jacaré. Hoje em dia, a caça ilegal e o contrabando de peles de jacaré estão, de maneira geral, sob controle, e as fazendas de criação de jacarés estão se multiplicando. A caça desordenada dos veados, das capivaras e dos baguás, animais considerados transmissores de doenças, das aves piscívoras e granívoras, das cobras e das onças, constitui perigo direto para a diversidade biológica regional.
A pesca comercial do Pantanal tornou-se um problema ambiental sério, com a chegada dos barcos e dos caminhões frigoríficos. Até a pesca esportiva, cada vez mais intensa, precisa de fiscalização severa. Este é o caso principalmente nos meses da piracema, quando as fêmeas sobem os rios até as cabeceiras, tornando-se presas fáceis. Existem cotas individuais por pescador amador, porém o número de pescadores turistas aumenta com a crescente facilidade de acesso ao Pantanal.

PRINCIPAIS AMEAÇAS DO PANTANAL

O Pantanal é a maior planície alagada das Américas

São Paulo - O Pantanal Mato-grossense é a maior planície alagada do continente americano, com 133.465 Km2. Localizado no Centro-Oeste brasileiro, engloba parte dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de avançar para Bolívia e Paraguai.
A localização estratégica, sob influência de diversos ecossistemas - Cerrado, Chaco, Amazônia e Mata Atlântica -, associada a ciclos anuais e plurianuais de cheia e seca e temperaturas elevadas, faz do Pantanal o local com a maior concentração de fauna das Américas, sendo comparável às áreas de maior densidade da África. Jacarés, araraúnas, papagaios, tucanos, além do emblemático tuiuiú são parte da paisagem pantaneira.
Sua biodiversidade inclui mais de 650 espécies diferentes de aves, 262 espécies de peixe, 1.100 espécies de borboletas, 80 espécies de mamíferos e 50 de répteis. Além disso, o Pantanal conta com 1.700 espécies de plantas.
Jacarés e tuiuius são parte da paisagem pantaneira: a maior concentração de fauna das Américas
A principal característica dessa região é a interdependência de quase todas as espécies de plantas e animais do fluxo das águas.
Durante os meses de outubro a abril, as chuvas aumentam o volume dos rios que, devido à pouca declividade do terreno, extravasam seus leitos e inundam a planície. Nessa época, muitos animais buscam refúgio nas terras 'firmes', espalhando-se pelas áreas não inundadas. Peixes se reproduzem e plantas aquáticas entram em floração.
Ao final do período das chuvas, entre junho e setembro, as águas baixam lentamente e voltam ao seu curso natural, deixando os nutrientes que fertilizam o solo. As aves se aglomeram em imensos ninhais, iniciando a reprodução antes da maioria das espécies dos outros ecossistemas brasileiros. Mamíferos e répteis migram internamente, acompanhando as águas. No auge da seca, a fauna se concentra em torno das lagoas e pequenos cursos d'água - os corixos - facilitando sua observação, tanto por turistas, como por coletores e caçadores.

Principais ameaças

Criação de gado é a principal atividade econômica da região.
Introduzida no final do século XIX, a criação de gado bovino é a principal atividade econômica do Pantanal e conta com um rebanho de 3 milhões de cabeças. Tradicionalmente, a pecuária extensiva também obedecia ao ritmo das águas, tendo se desenvolvido, inclusive, raças pantaneiras de bovinos e eqüinos, adaptados ao pastejo em águas rasas. A modernização dessa pecuária, entretanto, trouxe a divisão de terras, variedades exóticas de capim e a necessidade de interferir no fluxo das águas com pequenas represas, estradas, dragagens e drenagens, além de difundir o uso de pesticidas.
A pesca é outra atividade bastante desenvolvida. Em que pese a enorme produtividade pesqueira do ecossistema e a riqueza de espécies comerciais, tanto a pesca industrial - para exportação a outras regiões do país ou para abastecimento dos restaurantes e hotéis - como o turismo de pesca ameaçam a sustentabilidade. Os peixes estão diminuindo de tamanho e tornando-se mais raros, nítidos sinais de superexploração, aos quais se somam problemas de contaminação por pesticidas e poluição industrial, sobretudo nos rios que vem do planalto.
Pesca sem controle: peixes estão diminuindo de tamanho e tornando-se raros.
Essa falta de controle sobre as atividades desenvolvidas na região e seu entorno motivaram o Banco Mundial a considerar o Pantanal como área vulnerável e prioridade máxima para conservação. Somam-se, ainda, problemas com a mineração, o aumento do lixo urbano e projetos de navegação. Algumas atividades, como a caça ilegal e o crescimento desordenado do turismo, representam ameaça direta à vida selvagem, além da pesca predatória.
Existem apenas duas áreas protegidas pelo governo nessa região - o Parque Nacional do Pantanal, com 135.000 hectares, e a Estação Ecológica de Taiamã, com 11.200 hectares. Além disso, existem três Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), administradas pela Fundação Ecotrópica - Acurizal, Penha e Dorochê -, que somam 55.000 hectares contíguos ao Parque Nacional e aumentam em 44% a área protegida.
A recomendação do workshop de Áreas Prioritárias para Conservação do Cerrado e do Pantanal, realizado em 1998, com a participação de 200 especialistas, é de formação de corredores ao longo dos rios, interligando 20 áreas consideradas importantes para preservação da biodiversidade

sábado, 15 de janeiro de 2011

PEIXES MAIS COBIÇADOS DO PANTANAL


DOURADO: Chamado de "o rei do rio", é um peixe de escama, majestoso, atingindo em média 17 Kg quando adulto. Ao ser fisgado pula e briga. Quando o Pantanal começa a vazar e os cardumes se mostram atacando as iscas brancas que saem dos campos para os rios, é a melhor época para pescá-los. É um excelente nadador, preferindo as águas limpas, claras e de corredeira intensa.
BAGRE: Apreciado pela saborosa carne, chega a dois quilos, não ultrapassando 30 cm. Possui nadadeiras dorsais e é desprovido de espinhos de sustentação. Seus ferrões provocam ferimentos, motivo este o qual não se pode pegá-lo com as mãos desprotegidas.
CORIMBATÁ: Sua carne é saborosa. Alcança até 60 cm de comprimento. Em outras regiões é conhecido como papaterra,grumatã,ourimatã e corimbatá
CACHARA: Pode ser identificado pelas listas laterais e no dorso. O pescador deve tomar cuidado com as espinhas nas nadadeiras. O tamanho máximo que este peixe pode atingir é 1 metro de comprimento. Alimenta-se com pequenos bagres e curimbatás. O período de reprodução ocorre de dezembro a fevereiro na cabeceira dos rios.
PACÚ: Peixe de escamas, chegando a pesar 20 Kg. Apresenta corpo ovalado e achatado com dorso em cinza escuro. O pacú prefere ficar nos campos alagadiços durante o dia e ir para os rios apenas à noite. Além de vegetação e caranguejos, é possível fisgá-los com filés de peixes, sendo preferível a utilização de frutas típicas tipo laranjinha, cajú e tucum. Sua reprodução ocorre de dezembro a fevereiro.
JAÚ: Peixe de couro, pesando até 120 Kg. É considerado um dos maiores do rio. O jaú prefere os grandes e profundos poções, sendo mais facilmente encontrado nas cheias e médias vazantes. Recomenda-se ao pescador o uso de material pesado e iscas como a tuvira, o jeju, o minhocuçu, o muçum, cascudos, ou peixes pequenos e vivos tipo traíra, piaus e piabas. Seu tamanho máximo chega a 1,3 metros com 100 kg de peso, mas há relatos de um jaú de 180 kg. Fato verídico ou apenas história de pescador?
PIAVA: Saborosa na mesa. No Pantanal sua carne é utilizada como isca de peixes grandes. É conhecido também por piaba.
PINTADO: Atingindo 65 Kg, o Pintado é um peixe de couro, caracterizando-se pelas pintas em toda a extensão de seu corpo, diferenciando-se do Cachara por suas listras transversais. Enquanto o Dourado prefere as águas mais rápidas, o Pintado prefere as mais calmas. Seu período de reprodução ocorre de dezembro a fevereiro na cabeceira dos rios.Para pescá-lo, deve-se ficar antes ou depois das corredeiras, sendo as iscas brancas e vivas são as mais recomendadas.É um peixe muito famoso pela sua carne saborosa.
PIRANHA: É, sem dúvida, um dos peixes mais famosos e típicos do Pantanal. Algumas regiões podem ser mesmo perigosas devido à grande concentração desta espécie. Podem ser encontradas durante o dia até o entardecer. É astuto e audacioso, ao menor sinal de sangue se reúnem, prontas para devorar o que quer que seja, é necessário muito cuidado para não se ferir. Possui escamas e atinge no máximo 35 cm, e não passa dos 4 quilos. No Pantanal, para se atravessar um rio com uma boiada, costuma-se sacrificar um animal alguns metros abaixo para o cardume não atacar o rebanho. A carne da Piranha é boa, apesar de espinhosa, sendo mais utilizada em caldos e sopas.
PERAPUTANGA: Nadadeiras e caudas avermelhadas, e escamas brancas pelo corpo. É ágil ao ser fisgada, atingindo mais de 50 cm de comprimento, e no máximo 1 quilo. Saborosa demais quando assada, por isso disputadíssima pelos pescadores.

Sinfonia de Passaros no Pantanal

PANTANAL NORTE

PANTANAL NORTE
O Pantanal Norte (MT), localizado a sul de Cuiabá, guarda intacto o ecossistema pantaneiro em mais de 135.000 Km2. É composto basicamente de campos e áreas inundáveis que abrigam, entre outros animais, jacarés, capivaras, antas e várias espécies de aves, incluindo o Tuiuiu que é o passaro simbolo da região.
ÉPOCA DE CHEIAS - de Dezembro a Março - se inicia com o transbordar das águas do Rio Paraguai, obrigando os animais a buscar as áreas mais elevadas do terreno - as cordilheiras. Esta é a melhor época do ano para se ver a plenitude do Pantanal com vastos campos totalmente alagados se destacando toda a plenitude da flora. Poderão ser avistados as mesmas espécies de animais que se vêem na época da seca só que em grupos menores e mais espalhados.
ÉPOCA DA SECA - de junho a Novembro - as águas baixam retornando aos leitos dos rios deixando os campos secos. A planície volta a ter o leito de seus rios definidos e varias lagoas aparecem e com o passar dos dias podem secar totalmente. Durante este período, nestas lagoas encontramos uma grande concentração de animais (répteis, aves e mamiferos) se alimentando e reproduzindo.
É um paraíso para observadores e fotografos de aves e outros animais.

PRINCIPAIS ACESSOS:
- Poconé, 100 Km a Sudoeste de Cuiabá, e pela Estrada Parque Transpantaneira.
- Barão de Melgaço, 100 Km a Sudeste de Cuiabá.
- Cáceres, 245 Km a Sudoeste de Cuiabá.

PANTANAL ...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Atrativo histórico

Fortaleza Militar de Coimbra - À beira do rio Paraguai, o forte é dominado pelo Morro da Marinha. Tombado há 23 anos pelo Patrimônio Histórico Nacional, abriga a artilharia da 18ª brigada de Infantaria de Fronteira do Exército.
Uma de suas atrações, com belíssimas formações, é a Gruta Buraco do Inferno.

Pantanal dá exemplo

Experiência pantaneira é divulgada para empresários do setor de ecoturismo de todo o Brasil. O Pantanal é uma das regiões mais ricas em biodiversidade do país, por ser uma área de transição entre o cerrado, o ecossistema amazônico e o chaco boliviano e paraguaio. Esta variedade de ambientes resulta em grande riqueza de flora e fauna, que torna a região um dos principais destinos para o turismo contemplativo e observação de vida selvagem. Devido à sua rica e exuberante natureza, o Pantanal é destino certo para os apaixonados por ecoturismo.
Por ser um destino importante nesse segmento, o Pantanal foi escolhido para integrar o roteiro de viagens técnicas do programa “Benchmarking em Turismo 2010 – Vivências Brasil”. Desde 27 de setembro e até 3 de outubro, empresários do setor conhecem as experiências da atividade turística no local, com visitas técnicas, seminários e reuniões.
O objetivo é assimilar novos conhecimentos e experiências que possam contribuir com a melhoria do setor, explica a coordenadora geral de Serviços Turísticos do MTur, Rosiane Rockenbach: “O programa irá qualificar o empresariado brasileiro e aprimorar os diversos segmentos do turismo, com base na observação e reprodução de boas práticas identificadas em destinos referência”, disse ela.
O programa do Ministério do Turismo (MTur) é executado pela Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV), em parceria com o Sebrae Nacional. Os empresários irão conhecer experiências bem sucedidas, como a estratégia de inserir a observação da cultura indígena no circuito turístico. Outro ponto de interesse é um empreendimento privado, que tem como uma de suas principais atividades a observação de vida selvagem, especialmente a observação de aves. A programação será encerrada com um seminário, no qual representantes do poder público e de associações ligadas ao turismo vão apresentar as estratégias de promoção do destino.
Multiplicação de conhecimento – Esta é a última etapa do Vivências Brasil 2010, com visitas técnicas nacionais. Nesta edição o programa passou por Recife e Olinda (turismo cultural), São Paulo (turismo de eventos e negócios), Brotas e Socorro (turismo de aventura), Gramado e Canela (eventos como alternativa para combater a sazonalidade) e Búzios (turismo de sol e praia).
O Benchmarking 2010 também já esteve em três destinos internacionais: República Tcheca (operação em países emergentes), Itália (termalismo e saúde) e Peru (turismo de selva e de base comunitária). No final de novembro acontece a última viagem do Benchmarking 2010, para o México, com foco de observação na diversificação da oferta de produtos turísticos. Após as viagens, os empresários participantes têm o desafio de multiplicar o conhecimento obtido para outros empresários em seus destinos de origem, com apoio dos Sebraes estaduais.

PANTANAL

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Um Dia de Pesca no Pantanal


PESACARIA NO BURACO NO PANTANAL

HIDROVIA PARAGUAI-PANTANAL


Palco de acaloradas discussões entre os ecologistas e o governo dos estados e dos países que compõem o Pantanal, a Hidrovia Paraguai-Paraná tem sido alvo de inúmeras denúncias e, além da importância estratégica e econômica da projeto, poucas publicações técnico-científicas tem sido editadas com o propósito de condenar ou elogiar o projeto.
Trata-se de um projeto visando a ligação fluvial do Porto de Cáceres em Mato Grosso - Brasil, ao Porto de Nueva Palmira no Uruguai, perfazendo aproximadamente 3.400 Km e um custo estimado de construção na faixa de US$ 1,3 bilhão, financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Tal ligação hoje está parcialmente inviabilizada para embarcações de médio a grande porte, pois as condições de navegação dos rios não são adequadas.As obras prevêem retificações e rebaixamento do leito do rio Paraguai além de explosões de rochas e construção de diques nos afluentes.

Impactos Ambientais

Embora o estudo de impacto ambiental ainda não esteja concluído as obras já se iniciaram em muitos pontos do percurso da hidrovia. Tais eventos colocam em risco a fauna e a flora do Pantanal pois os efeitos destas mesmas obras sequer foram apontados ou levantados pelas autoridades e técnicos envolvidos.
Porém as ONG's já emitem algumas opiniões a respeito. Dentre estas opiniões pode-se destacar: - a modificação do traçado e da profundidade original dos rios pode alterar o regime de águas da região; - a demolição de soleiras rochosas como meio de aprofundar o canal de navegação poderia não mais sujeitar grandes áreas à inundação sazonal; - o escoamento superficial aumentaria com a melhoria dos canais dos rios, podendo causar a intensificação das cheias reduzindo os períodos de seca e provocando por conseguinte mudanças climáticas regionais.

Impactos Sociais

De acordo com algumas ONG's estas mudanças no ecossistema poderia interferir na vida de comunidades de pescadores, camponeses e índios. Na região cortada pela hidrovia vivem, pelo menos, os índios bororos, guaranis, terenas e guatós.
A representante dos grupos indígenas da região, a índia Marta Guarani em entrevista feita em 1994 a Folha de São Paulo, disse que as comunidades estão preocupadas: "Vão mexer com a nossa vida e nós não estamos sendo consultados.
Os nossos rios já estão contaminados com mercúrio e agora vão começar os barcos"

Vantagens Estratégicas e Econômicas

Como parte da política de integração latino-americana e/ou do Mercosul, a hidrovia é de importância vital para os países envolvidos, uma vez que o custo de transporte de cargas e alimentos sofre uma queda considerável quando feito pela hidrovia, além de acentuar consideravelmente o intercâmbio de produtos entre os países.
Tal queda no preço de transporte poderia trazer desenvolvimento para as regiões previlegiadas pela hidrovia, porém, tampouco um estudo minucioso desse impacto benéfico foi feito para as regiões envolvidas.
Alguns estudiosos afirmam também que apenas a cultura da soja seria beneficiada pela hidrovia e que projetos como a Ferronorte seriam concorrentes da hidrovia uma vez que também tem o objetivo de facilitar o transporte de soja. Muitos estudiosos defendem também que, se a preocupação é pela geração de empregos e de receita, a pesca pode gerar empregos ao mesmo tempo que o turismo no Pantanal gerou no ano de 1993 US$ 30 milhões com a movimentação de 100 mil turistas.

POLUIÇÃO DO PANTANAL

A poluição do pantanal tem se acelerado com a crescente ocupação urbana das bacias hidrográficas que entornam o Pantanal propriamente dito. No caso da região norte do Pantanal, a questão é mais preocupante, uma vez que além da poluição urbana, somam-se à mesma a poluição dos garimpos de ouro e diamante. Concomitante a isso nota-se uma destruição gradual dos seus entornos através das nascentes dos rios, dos agrotóxicos e fertilizantes das lavouras. Outro ecossistema ligado diretamente ao Pantanal é o Cerrado, cujo aproveitamento econômico, através do plantio de extensas lavouras de soja e outros produtos, tem impactado negativamente toda a região do Pantanal.

Erosão

O mau uso do solo nas sub-bacias que compõem o Pantanal faz com que os processos erosivos aumentem de intensidade ano a ano, aumentando por conseguinte a quantidade de resíduos totais e o transporte de sedimentos no leito dos rios.

Sub-Bacia do Rio Cuiabá

A principal sub-bacia comprometida é a bacia do rio Cuiabá. De acordo com levantamentos preliminares dos técnicos da FEMA, feitos a partir do Projeto de Monitoramento da Qualidade da Água (MQA), 71 indústrias são potencialmente poluidoras, sendo que 30,9% são responsáveis por toda a carga de origem industrial lançada principalmente nos rios Cuiabá e Coxipó. Os córregos da Prainha, Gambá, Mané Pinto, Barbado e o rio Coxipó recebem diretamente em seus leitos e sem qualquer tratamento a carga de esgoto da Grande Cuiabá (Cuiabá e Várzea Grande). Nas praias de Santo Antonio do Leverger (a poucos quilometros de Cuiabá) o alto índice de coliformes fecais registrado torna impróprio o banho de moradores e turistas.

Poluição Urbana

A poluição urbana, além de seus dejetos naturais, origina-se principalmente de: - usinas de cana-de-açucar; - frigoríficos; e - curtumes.

PIRACEMA

Piracema é o período entre Outubro e Março, quando os peixes nadam contra a correnteza para a desova e a reprodução. Este fenômeno é considerado essencial para a preservação da piscosidade das águas dos rios e lagoas do Pantanal. Os governos do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, através de suas secretarias de meio ambiente e de suas polícias florestais, bem como o governo federal, através do IBAMA, tem envidado esforços no sentido de coibir a pesca predatória nos dois Estados. Tais esforços passam por uma fiscalização conjunta entre os órgãos dos pescadores amadores e profissionais que atuam nos dois estados.

Mato Grosso

No Estado de Mato Grosso é considerado crime pescar:
  • nos lugares e épocas interditadas pelo órgão ambiental;
  • nos lugares e épocas interditadas pelo órgão ambiental;
  • com explosivos ou substâncias tóxicas;
  • a menos de 500 metros das saídas de esgoto;
  • a 200 metros a montante a e jusante de barragens, corredeiras, cachoeiras, escadas de peixes ou das embocaduras das baias;
  • espécies que devam ser preservadas ou indivíduos com tamanhos inferiores ao permitido;
  • com o emprego de apetrechos e métodos proibidos.

POVOS INDÍGENAS DO PANTANAL

Em harmonia com o meio ambiente desde tempos imemoriais os povos indígenas tem sofrido muito com a chegada do homem branco. Doenças e novos costumes acompanharam as rodovias e a estrada de ferro e trouxeram desespero a muitos povos da região. Com o plano de construção da Hidrovia Paraguai-Paraná os povos indígenas, recentemente se uniram para divulgar um manifesto, datado de 29 de janeiro de 1996, onde questiona a construção da hidrovia. Este manifesto foi amplamente divulgado e discutido na Internet, resultando num estudo mais aprofundado da questão da Hidrovia Paraguai-Paraná bem como do posicionamento de órgãos ambientalistas quanto a questão.
Os povos indígenas que tradicionalmente habitam o Pantanal são:

Paiaguás

Povo indígena hoje extinto, habitavam o pantanal quando da chegada dos Portugueses e travaram, juntamente com os Guaikuru, intensas batalhas, das quais muitos portugueses não sobreviviam.
Perseguidos e acuados, foram progressivamente sendo exterminados não restando qualquer registro da presença de seus descendentes atualmente.

Guaikuru

Aliados dos Paiaguás contra um inimigo comum, os exímios cavaleiros guaikurus ofereceram grande resistência à povoação do Pantanal matogrossense. Um tratado de paz em 1791 os declara súditos da Coroa Portuguesa.

Guatós

Povo de lingua do tronco Macro-Jê. Foi considerado extinto por 40 anos, até que, em 1977, foi reconhecido um grupo Guató na ilha Bela Vista do Norte. Vive no Pantanal Mato-Grossense e disperso ao longo dos rios do médio e alto Paraguai, São Lourenço e Capivara, no município de Corumbá (MS). Segundo a Funai, em 1989 eram 382 índios.

Terenas

Ou Tereno. Povo de língua da família Aruák. Parte dele (cerca de 12.000 indivíduos) vive no oeste de Mato Grosso do Sul, em oito áreas indígenas; outra parte (350 índios) ocupa terras nas áreas indígenas de Icatu, Araribá e Venuíre, no interior do Estado de São Paulo, juntamente com os Kaingang.

Bororos

Povo falante de língua do tronco macro-jê. Os Bororo atuais são os Bororo Orientais, também chamados Coroados ou Porrudos e autodenominados Boe. Os Bororo Ocidentais, extintos no fim do século passado, viviam na margem leste do rio Paraguai, onde, no início do séc. XVII, os jesuítas espanhois fundaram várias aldeias de missões. Muito amigáveis, serviam de guia aos brancos, trabalhavam nas fazendas da região e eram aliados dos bandeirantes. Desapareceram como povo tanto pelas moléstias contraídas quanto pelos casmentos com não-índios.
Os Bororo Orientais habitavam tradicionalmente vasto território que ia da Bolívia, a oeste, ao rio Araguaia, a leste e do rio das Mortes, ao norte, ao rio Taquari, ao sul. Ao contrário dos Bororo Ocidentais, eram citados nos relatórios dos presidentes da província de Cuiabá como nômades bravios e indomáveis, que dificultavam a colonização.
Foram organizadas várias expedições de extermínio. Uma delas, a de Pascoal Moreira Cabral, em 1718 ou 1719, após ser derrotada pelos indígenas, descobriu ouro às margens do rio Coxipó. Estimados na época em 10 mil índios, os Bororo sofreram várias guerras e epidemias até sua pacificação, no fim do século XIX, quando foram reunidos nas colônias militares de Teresa Cristina e Isabel e estimados pelas autoridades em 5 mil pessoas. Nas colônias, a convivência com os soldados, a promiscuidade, o consumo de álcool e as doenças reduziram ainda mais a população. Entregues aos salesianos para catequese, em 1910, os Bororo somavam 2 mil índios. Em 1990, com uma população de aproximadamente 930 pessoas, vivem em cinco pequenas áreas indígenas (Merure, Teresa Cristina, Tadarimana, Perigara e Jarudore) que somam 133 mil hectares, nos municípios de Barra do Garça, Barão do Melgaço, General Carneiro, Poxoréu e Rondonópolis no Estado do Mato Grosso. Há também um grupo em Sangradouro, no mesmo estado.
Este povo, que era caçador e coletor, vive hoje da agricultura e da venda de artesanato. Sua cultura, muito complexa, foi objeto de muitos estudos. As pessoas são separadas em várias categorias sociais, com papéis de oposição; durante o ritual funerário, que pode durar até dois meses, juntam-se em papéis complementares e fazem novas alianças, reforçando a coesão grupal.

Umotinas

Subgrupo Bororo de língua da família Otukê, do tronco Macro-Jê. Eram conhecidos como “barbados”, porque usavam barba, às vezes postiça - feita de pêlos de macaco bugio ou de cabelos das mulheres da tribo. Vivem na Área Indígena Umutina, no município de Barra dos Bugres no Mato grosso, juntamente com os Paresí, Kayabí e Ñambikwára.

Parecis

Ou Paresí. Denominação dada a vários povos indígenas que falavam dialetos da língua Paresí, da família Aruák. Viviam no planalto do Mato Grosso e eram uma das fontes de escravos preferidas dos bandeirantes; dóceis e pacíficos, trabalhavam na agricultura e fiavam algodão para a confecção de redes e tecidos. No início do século XX foram encontrados pela comissão do Marechal Rondon, ainda traumatizados pela violência dos contatos anteriores. Rondon os conduziu para terras protegidas por suas tropas e os Paresí se tornaram seus principais guias na região. Um desses povos, autodenominado Halíti, vive na região dos rios Juruena, Papagaio, Sacre, Verde, Formoso e Buriti, no oeste de Mato Grosso, em várias áreas indígenas, nos municípios de Tangará da Serra, Vila Bela da Santíssima Trindade e Diamantino. Em 1990, segundo a Funai, eram 900 índios.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Homem Pantaneiro

O Homem Pantaneiro, recebeu dos indígenas Guaranis, Paiaguás, Guatós a agilidade física e o respeito à natureza, a qual encontra-se praticamente inalterada com mais de 200 anos de ocupação e exploração econômica.
A colonização da região remonta ao século XVIII. Através dos rios Tietê, Paraná e Paraguai, chegaram os primeiros bandeirantes provenientes de São Paulo à Chapada Cuiabana onde encontraram ouro. Após a Guerra do Paraguai e com o declínio do ouro, o povoamento se dá no sentido Norte-Sul, surgindo no Pantanal grandes fazendas de pecuária extensiva que, associadas aos fatores ambientais, consolidaram uma estrutura fundiária de grandes propriedades (56 % da área, com mais de 10.000 Ha).
No início deste século, o acesso aos grandes centros urbanos do País fazia-se por Assunção, Buenos Aires e Montevidéo, resultando daí a absorção de inúmeras manifestações culturais e folclóricas - música, vestimenta, linguagem e alimentação.
A chegada da Estrada de Ferro (noroeste do Brasil - 1914) incorporou novos hábitos e costumes. As distâncias e o difícil acesso às fazendas fizeram o homem pantaneiro acostumar-se ao isolamento e à solidão, porém manifesta o sentimento de cooperação quando trabalha seu gado (manejo tradicional) ou nas festividades típicas entre as fazendas.
Vivendo a realidade de uma região inóspita, enchentes, ataque de animais silvestres, problemas de transporte e, sem política diferenciada para a região, o homem pantaneiro pecuarista, vaqueiro ou pescador) mantém amor, respeito e apego à sua terra.

CLIMA

O clima é tipo quente no verão, com temperatura média em torno de 32°C e frio e seco no inverno, com média em torno de 21°C, ocorrendo ocasionalmente, geadas nos meses de julho e agosto. A precipitação pluviométrica anual está entre 1.000 e 1.400 mm, sendo dezembro e janeiro os meses mais chuvosos. No verão, entre outubro e maio, época das chuvas, as terras são literalmente inundadas. Podemos dividir o clima na região também em quatro estações distintas: seca (de junho a setembro), enchente (de outubro a dezembro), cheia (de janeiro a março) e vazante (abril e maio).

ECONOMIA DO PANTANAL

Desde meados dos anos 70, intensificou-se no Pantanal a economia agropecuária. Hoje, com cerca de 4 milhões de cabeças de gado, a região tornou-se importante produtora de carne. De maneira geral, a cultura do gado não é considerada prejudicial ao ambiente. A imprevisibilidade das grandes enchentes, no entanto, limita o tamanho dos rebanhos e os mantém dentro dos limites de uma economia ecologicamente sustentável. Na ausência de outros mamíferos pastadores, além dos poucos cervídeos, os bois Nelore não são competidores da fauna original. Eles se tornaram parte integral da paisagem pantaneira.
As culturas de arroz, cana-de-açúcar e soja prejudicaram o ambiente pantaneiro. Barragens, canais e aterros que drenam terrenos para a agricultura, além do desmatamento do cerrado, levam ao assoreamento de rios, como o Taquari, e interferiram na piracema. Ultimamente, várias ervas exóticas são espalhadas por semeadura aérea, tais como a Brachiaria africana, para aumentar o rendimento do pasto.
O Pantanal é uma grande bacia de captação e evaporação de águas e vários cuidados devem ser tomados para preservá-lo da poluição. Um exemplo é o que ocorre com o mercúrio utilizado na lavagem de ouro pelos garimpeiros do rio Poconé: seus sais tóxicos acumulam-se nas baías em quantidades cada vez maiores; os peixes espalham o mercúrio e a taxa deste metal prejudicial à saúde, nos tecidos dos peixes do Pantanal, aumenta a cada ano. O vinhaço das usinas de álcool do Mato Grosso e a poluição na metrópole de Cuiabá acumulam-se também nesta grande bacia de sedimentação.
Um dos grandes perigos ambientais para o Pantanal inteiro é o projeto da hidrovia, planejada conjuntamente pelo Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina. Para facilitar o acesso da navegação marinha e fluvial até Cáceres, no Alto Rio Paraguai, a calha do rio deverá ser aprofundada, os meandros, cortados, e o contato entre o rio e os pântanos, restringido por diques.
Para garantir a saúde desse ecossistema é fundamental manter e ampliar suas áreas preservadas. Existem, atualmente, uma pequena Estação Ecológica, a da ilha de Taiamã, e o Parque Nacional do Pantanal. A fiscalização destas imensas áreas é difícil, principalmente pela falta de recursos financeiros e de pessoal adequado.
Uma atividade promissora e compatível com a sobrevivência desse ambiente único é o chamado turismo ecológico. A rodovia Transpantaneira, parcialmente completa, assim como a estrada Miranda-Corumbá, facilitam o acesso de milhares de turistas e possibilitam o desfrute da riqueza faunística e paisagística do Pantanal. A indústria turística é um meio de despertar o interesse dos pantaneiros pela sobrevivência da fauna e flora da sua região. O crescente número de fazendas turísticas e de pousadas constitui bom exemplo de integração entre o turismo e a preservação ambiental do ecossistema.
As terras alagadas, no mundo inteiro, são sempre ricas em fauna. No caso especial do Pantanal, a vizinhança com a Amazônia e as características do meio físico o tornam uma das áreas de maior valor turístico e ecológico do Brasil. Atividades como criação de gado, capivaras ou jacarés são compatíveis com a preservação da área. Por outro lado, a ação de garimpeiros e iniciativas individuais que alteram a ecologia da paisagem, por meio da drenagem de pântanos e aterros extensos, entre outros, impossibilitam a manutenção da fauna e da flora abundantes e do potencial turístico. Considerado um dos paraísos terrestres, é de fundamental importância a manutenção e ampliação de suas áreas preservadas.
Fonte: www.mre.gov.br
ECONOMIA DO PANTANAL
Esparsas explorações do mate nativo e de garimpos a partir de 1.700, provocaram alguns fluxos migratórios, sem entretanto fixarem os exploradores. Com a introdução do gado, em meados do século XVIII (o primeiro gado introduzido é de origem européia e veio do Paraguai, no início do século XVIII), é que ocorreu a ocupação econômica mais expressiva e permanente da região.

Pecuária

Ao lado da pesca, ainda hoje a pecuária extensiva de corte representa a mais importante atividade regional - com mais de dez milhões de cabeças - e tem se mostrado compatível com a preservação/conservação do Pantanal. O sistema de criação de livre pastoreio em pastagens nativas, sem nenhuma seleção, forjou um tipo de gado adaptado às condições adversas da região, denominado "Boi Pantaneiro". O entusiasmo despertado pelo gado zebuíno, no começo do século, iniciou a era do zebú no Pantanal, o qual substituiu gradativamente o "Bovino Pantaneiro" com predomínio do nelore.
O sistema de criação abrange as fases de cria e recria em grandes propriedades e com poucas divisões. O manejo do rebanho é limitado, com alto índice de mortalidade de bezerros e mão-de-obra deficiente. A alimentação é quase que exclusivamente de pastagens naturais de oferta sazonal, devido às cheias. A comercialização tem sido adversa para a pecuária pantaneira. O pecuarista, forçado pelas condições climáticas da região, transfere para o invernista a sua produção nas épocas em que os preços estão baixos. Em Cáceres e Corumbá encontra-se o maior rebanho bovino do Pantanal. Em Cáceres a função econômica principal do rebanho encontra-se voltada para a produção de carne.
O sistema de criação é o extensivo, existindo uma predominância da raça Nelore. Este gado de corte é exportado principalmente para o Mercado Comum Europeu. Em Corumbá é encontrado o maior rebanho bovino da região. Nessa área pratica-se a pecuária extensiva, sendo a criação voltada para o corte, visando abastecer os frigoríficos do Oeste de São Paulo (Araçatuba, Barretos, Presidente Prudente, etc.).

Turismo

A beleza cênica de seus cenários naturais associada aos mais diversos processos de divulgação, e da modernização e ampliação dos sistemas infraestruturais assinalam novos status econômicos para o Pantanal. Dentre eles, o Turismo desponta como a mais promissora atividade regional. Riquíssima em manifestações culturais provocadas pelas suas várias etnias, a tradição pantaneira alia-se a uma portentosa produção artística contemporânea, criando um caldo de cultura vigoroso, capaz de seduzir e conquistar visitantes das mais diversas origens. As possibilidades ilimitadas da prática de esportes amadores - desde a pesca à produção de safaris - são também atraentes possibilidades ao estímulo do ecoturismo regional.
A cidade de Bonito é um exemplo de ecoturismo. A cidade tem várias atracões: - Grutas pré históricas; - cachoeiras com quedas de até 50 metros; - lagoas; - baías; - nascentes; - monumentos; - sítios arqueológicos; - folclore; e - artesanato. Bonito é um dos mais belos lugares da microrregião da Serra de Bodoquena. A diversidade de belezas naturais proporciona passeios e roteiros turísticos em qualquer época do ano. Na Baía Bonita a água azul jorra como se fosse um chafariz. Nas cachoeiras do rio Mimoso o espetáculo da piracema (a migração rio acima para a desova dos peixes) é magnífico.
O rio Aquidauana, descendo por encostas de morros e prados, forma quedas d'água e lindas piscinas naturais. A visita à gruta do Lago Azul é um grande espetáculo. Em seu interior existe um profundo e cristalino lago cercado por paisagens milenares. Na Ilha do Padre, a força da natureza prossegue com cachoeiras, matas e muito animais

Agricultura

A agricultura é incipiente, ganhando destaque, apenas, os cultivos de subsistência.

Zona de Processamento de Exportações

A Zona de Processamento de Exportações - ZPE de Cáceres é um Incentivo Fiscal para um Programa de Desenvolvimento Regional (notadamente no campo industrial), criado pelo Governo Federal, com a vantagem de isenção total nas exportações. Não restam dúvidas que a implantação da ZPE, no município de Cáceres, representa um grande incremento para a economia do Pantanal. A excelente localização do município, principalmente quanto ao posicionamento estratégico em termos de saída para os mercados Europeu e Asiático, aliado ao comprometimento do governo atual do Mato Grosso, poderá fazer com que Cáceres seja convertida no principal centro de negócios do MERCOSUL (Mercado do Cone Sul), e cidade "entroncamento da América do Sul". A Zona de Processamento de Cáceres leva vantagem, sobre as demais, em função do aproveitamento da hidrovia, da ferrovia e das estradas ligando Cáceres à Bolívia e ao Pacífico.

Exploração Mineral

Um dos fatores que mais limita a expansão do setor mineral no Pantanal é a deficiência energética e as grandes distâncias dos grandes centros urbanos. A maior área produtora localiza-se no município de Corumbá. A grande distância dos centros mais desenvolvidos do país e falta de recursos são fatores que tem dificultado a exploração da jazida com maior intensidade

sábado, 8 de janeiro de 2011

TURISMO NO PANTANAL

O ecoturismo no Pantanal Matogrossense tem aumentado de importância em relação ao turismo de pesca tradicional. Ao contrário do turismo predatório o ecoturismo se resume na observação da fauna e da flora através de atividades não menos aventureiras. O ecoturismo também não atrapalha o cotidiano das fazendas de gado (principal atividade econômica da região). Desse modo os proprietários rurais estão vendo o ecoturismo como atividade rentável e alternativa, abrindo pousadas e oferecendo outras alternativas. O número de leitos em pousadas e hotéis-fazenda está aumentando rapidamente.

Temporadas

Descrição das Temporadas no Pantanal:
Pescaria - Dicas de Pescaria
Tabela de peixes de Pescaria;
Instrumentos de Pesca;
Técnicas de Pesca;
Obtenção de Iscas;
Manejos;
Conservação dos Peixes.

Turistas

Traslado - Traslados dos principais centros para o Pantanal;
Passeios - Passeios interessantes no Pantanal;
Locais Interessantes - Locais interessantes para serem visitados no Pantanal;
Acomodações - Hotéis e Pousadas - Descrição dos principais hotéis e pousadas no Pantanal;
Agências de Turismo - Agências especializadas em turismo no Pantanal
Dicas - Dicas de viagem para o Pantanal.

2011 PANTANAL

QUE 2011 SEJA UM ANO DE PRESERVAÇÃO E QUE A CONSCIENCIA HUMANA TOQUE OS ARES DO PANTANAL PARA QUE POSSAMOS CELEBRAR UM ANO DE CONQUISTAS E DE RIQUEZAS COM O NOSSO BELO PARAISO ALAGADO ...

Ongs que protogem o Pantanal

Alguns Links de Ongs que ajudam na preservação do Pantanal em um todo

Conservação Internacional

ECOA

Renctas
http://www.renctas.org.br/pt/home/

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Pesca Esportiva no Pantanal

A beleza do Pantanal deve-se principalmente à sua peculariedade geográfica. Numa área extremamente plana, com altitudes que não ultrapassam os 200 metros acima do nível do mar, a região apresenta um declive entre os extremos norte e sul de menos de 3 cm por quilômetro. É essa característica que faz com que dois terços do seu território se transformem periodicamente em descampados ou imensas lagoas, num movimento constante que dita os hábitos da população, da fauna e da ictiofauna local.
Embora, com em qualquer local do planeta, apareçam de tempos em tempos mudanças radicais e inesperadas, os ciclos climáticos do Pantanal, funcionam mais ou menos assim:
  • De dezembro a março chove muito, a vegetação ganha nova vida; os animais e aves migram para as parte mais altas, concentrando-se à beira das estradas que resistem à inundação; os peixes num processo instintivo e biológico, procuram as corredeiras nas nascentes dos rios.
  • Em abril e maio as chuvas cessam, mas o cenário é quase o mesmo, pois o nível das águas é muito alto.
  • Junho e julho são os meses dos quais se pode ter um misto dos dois mundos pantaneiros, o seco e o da cheia. O nível da água começa a baixar e peixes, animais e pássaros são mais abundantes. Sem esquecer é claro, que durante esses dois meses a probabilidade de se confrontar das inesperadas e passageiras frentes-frias vindas do sul é bem maior.
  • De agosto a novembro percebe-se o nível da água baixar sensivelmente, pondo a descoberto os barrancos e as praias nas margens do rio.
Nos últimos anos, num ritmo crescente, homens e bichos nativos vem dividindo seu território com turistas munidos de varas, carretilhas, máquinas e binóculos. É aí que entra em cena uma as atividades mais procuradas pelos visitantes nos últimos anos, o turismo da pesca esportiva e amadora.
Pescar no Pantanal é o sonho de todos os amantes deste esporte. Mesmo para aqueles que já estão acostumados a exercitar sua paciência, técnica e valentia, à bordo de um barco pelas piscosas águas pantaneiras, sempre haverá uma nova emoção a ser experimentada - um novo local, um rio diferente ou um peixe nunca antes pescado. A bem da verdade o Pantanal não é só um imenso reduto de pesca, como muita gente imagina. É um paraíso intocado, que deveria ser visitado por milhares de turistas durante o ano todo. Mas a maioria de donos de hotéis e barcos turísticos da região ainda não tomaram consciência disto. E quando chega novembro, até o final de janeiro, tudo lá entra na mais profunda "hibernação", apesar de ser o período em que o Pantanal é mais bonito de ser ver - verão de 40°C, rios com nível d'água bem baixos, lagoas secando, piracema, flores exóticas brotando por todo lado, bandos de tuiuiús, jacarés, antas, capivaras, uma bicharada sem fim, esbanjando euforia.
Para que o amante da pescaria chegue ao Pantanal, traçaremos três principais rotas ou caminhos para o mundo alagado: - a Rota Norte, a Rota Oeste e a Rota Sul.

As diferenças entre os jacarés do Pantanal

...Do Pantanal

Quase inofensivo ao ser humano, o jacaré do Pantanal atinge 2,5 metros de comprimento e alimenta-se de peixes.

...Da Amazônia

O Jacaré-açu atinge 6 metros de comprimento. Pode mudar de cor para se camuflar. Só ataca quando ameaçado.

...e de Outros Países


Maior réptil do Planeta, o crocodilo que vive na Ásia mede até 7 metros de comprimento. Ataca pessoas.

Sentinelas da Planície

A anhuma  é a sentinela da planície. Metade lenda, metade verdade, diz-se que a anhuma aloja-se nas árvores mais altas e grita algo como um "viu-viu" retumbante para avisar que algum estranho se aproxima. É ave de vôo fácil e elegante. Tem dois esporões nas asas, que usa para se defender. Mas sua característica mitológica é uma espécie de chifre que se projeta do crânio como se fosse uma antena -  daí a lenda de que a anhuma capta os sinais de perigo e alerta seus amigos da planície.    

O biguá vive basicamente de peixes, crustáceos, caranguejos e camarõezinhos, quer dizer ocupa um posto alto na cadeia alimentar. Com aquele pescoço comprido e a facilidade de se atirar na água, dá gosto ver o biguá pescando, com o tanto de tempo que ele fica embaixo d’agua. Se está no rio e a gente dá em cima dele com o barco, ele aposta corrida um pouco no nado mas, vendo a gente se aproximar, dá um mergulho elegante para voltar à tona lá atrás, sempre com os olhinhos muito vivos.
De um lado, as aves aquáticas como o biguá estão no topo da cadeia alimentar ; de outro, são seres vulneráveis, sensíveis, fracos. Altamente suscetíveis à contaminação e à pertubação do meio ambiente, funcionam como um indicador geral das condições de vida do ecossistema. Estando tudo bem com o biguá , está tudo bem com o meio ambiente. Mas, se as condições sofrerem algumas alterações para o pior, o biguá é o primeiro a demonstrar, seja morrendo, seja desregulando seu sistema de produção. É o sinal de alerta para o que vai acontecer aos outros bichos depois.

A Maior cobra do Pantanal

A Sucuri amarela mede até 4,5 metros e se alimenta de peixes, aves e pequenos mamíferos. Raramente ataca pessoas.

...Da Amazônia

A sucuri amazônica mede até 10 metros e é capaz de engolir uma capivara adulta. Pode matar uma criança.

...e do Mundo

A píton reticulada, que vive no Sudeste Asiático, pode passar dos 10 metros de comprimento. Ataca seres humanos.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

ORIGENS DO PANTANAL "O mar de Xaraiés "

Não passa de lenda a velha teoria de que, em outras eras, um braço de mar teria se estendido até a planície, formando o tão conhecido "mar de Xaraiés" e de que restariam como vestígios, algumas lagoas de água salgada, e muito menos é verdadeira a noção de que toda a planície é uniforme e inundável.

O mar de Xaraiés

Mar de XaraiésComo explicar a existência de lagoas de água salgada e conchas marinhas em pleno Pantanal? Conhecidas como salinas e espalhadas em regiões como a do Rio Negro e Nhecolândia, estas lagoas de várias cores (azuis, verdes, marrons, douradas) são ainda um redondo mistério para geólogos e arqueólogos.
Geograficamente - acha o Dr. Antônio de Pádua Bertelli - em passadas eras geológicas, a região era de fato um mar que banhava o território brasileiro em seu interior, correndo do vale amazônico pela enorme calha do vale do Paraná até o estuário atual do Prata.
O médico paulista Antônio de Pádua Bertelli, autor de vários livros sobre o Pantanal, entre eles, "Pantanal, o Mar de Xaraiés", relata uma terra tão forte, mas tão forte, que acabou expulsando o mar, que há milhões de anos, quebrava suas ondas na Bolívia e no interior do Brasil.
Quando o continente, à deriva, sobre placas tectônicas, se atritou com outras placas, erguendo a Cordilheira dos Andes, os dois vales, Amazônico e do Paraná, também soergueram suas terras, e esvaziando mar que ali existia. Pela força da terra, o mar salgado foi expulso. O Pantanal, segundo esses estudos, é testemunho daquelas eras, reeditando a cada inundação suas feições antigas só que agora com água doce.
A história do Pantanal pode ser comparada a uma das montagens cenográficas mais caras dos filmes de Spilberg. Há 60 milhões de anos quando, num processo de acomodação da crosta terrestre, o planalto brasileiro elevou-se, e nesse movimento a repercussão estendeu-se até oeste, cuja casca, pressionada, rachou em várias direções.

Ciência 

Serra do AmolarO magnífico cenário do Pantanal, hoje se sabe, enfeita um fundo côncavo situado entre as terras altas bolivianas a oeste e as serras brasileiras a leste. Há cerca de 60 milhões de anos, quando se elevaram tanto a Cordilheira dos Andes como o Planalto Brasileiro, a região do Pantanal, ao contrário, esvaziou-se. Quem conta é aquele que é considerado a maior autoridade em geomorfologia do Pantanal, o geógrafo paulista Aziz Nacib Ab Sáber, professor aposentado da Universidade de São Paulo.
No bojo de um dos grandes movimentos de acomodação da crosta terrestre, o planalto brasileiro elevou-se algumas centenas de metros.Esse formidável solavanco foi repercutir a oeste, no imenso maciço de rocha e terra, cuja velha casca, pressionada, rachou em várias redireções. Por essas fendas, através da erosão, o conteúdo da abóboda lentamente se escoou, na direção do que hoje são as terras paraguaias e argentinas. Desventrado, esvaziado de seu recheio, o bolo se transformou numa funda planície cuja altitude média, em relação ao nível do mar, ficou entre 85 e 135 metros, enquanto os planaltos e serranias circundantes se elevava para 600 a 1100 metros.
Uma importante alteração se processara. Antes, a abóboda funcionava como um distribuidor de águas para as regiões em torno. Depois, contudo, era em sentido contrário queo os rios corriam, carregando detritos para o interior da recém-aberta depressão. Acumulados ao longo de milênios, esses depósitos, descreve o professor Ab Sáber, constituem hoje uma camada com cerca de 400 a 500 metros de espessura.

Langsdorffia hypogaea

Familía: Balanophoraceae
Etmologia: homenagem ao botânico alemão Langsdorff', que literalmente enlouqueceu com a flora do Pantanal durante a expedição russa; hypogaea=subterrânea, Erva carnosa, subterrânea, sem clorofila, parasita de raiz. Sai do chão somente a inflorescência, em mai-jul. Os capítulos lembram uma Composta, os masculinos (alongados, com pontos amarelos) são menores que os femininos (esféricos, vermelhos).
Utilização: Inflorescência (camosa) nova comestível e suco considerado afrodisíaco. Alimento de rato silvestre (seg. Zilca Campos) e, quando floresce, de porco-monteiro. Os animais que a comem são os possíveis dispersores. Tem cera, a balanoforina, para velas, semelhante à da camaúba, e o índio usa a planta seca como tocha.
Cultivo: Inflorescência (camosa) nova comestível e suco considerado afrodisíaco. Alimento de rato silvestre (seg. Zilca Campos) e, quando floresce, de porco-monteiro. Os animais que a comem são os possíveis dispersores. Tem cera, a balanoforina, para velas, semelhante à da camaúba, e o índio usa a planta seca como tocha.
Ecologia: A semente germina em contato com a raiz de outras plantas, destrói a casca e forma uma túbera, confundindo-se os tecidos de ambas; o mesmo acontece quando o rizoma encontra outra raíz.
Ocorrência: freqüente, caapões e cordilheiras, solos arenosos, contrariando que "foge às baixadas quentes e úmidas".
Distribuição: ampla dispersão, América tropical, do México ao sul do Brasília, matas serranas do NE, cerrado.

Introdução - Plantas do Pantanal

Na apresentação das plantas tratadas é seguida a ordem alfabética de família, depois de nome científico (gênero e espécie), o qual é a identidade internacional da planta. O nome comum varia muito entre sub-regiões e até mesmo entre pessoas da mesma fazenda, e o mesmo nome às vezes é usado para várias espécies, até de famílias diferentes (ver “cipó-de-leite“, “espinheiro“ ou “leiteiro“). O nome vulgar em letras maiores é considerado o mais utilizado; quando não consta, não é conhecido no Pantanal ou não foi detectado, e é um sinal de que a planta não tem utilização para o pantaneiro nem o atrapalha.

O número abaixo do nome científico e após AP é o de coleta do primeiro autor, precedido de VJP é da co-autora, ou de outro botânico mencionado, do material documentado no Herbário CPAP, seguido de id.=identificado por, ou conf.=identificação confirmada por, e nome do taxônomo, ou comp.=identificado por comparação com exemplar identificado por.

Etimologia: origem da palavra, é dada para facilitar a familiarização com os nomes científicos, que às vezes parecem tão difíceis e misteriosos, e também de nomes vulgares, freqüentemente originados da taxonomia do índios, ligada à utilização das plantas.

São dadas breves informações sobre hábito (árvore,arbusto, erva, trepadeira, etc.), tamanho, eventuais carcterísticas morfológicas, apenas complementares à ilustração. A época ou amplitude de floração e frutificação é dada pela abreviatura dos meses do ano, como jan-fev, etc. Não significa que no período dado como início ou fim alguém vai achar flor em qualquer ano ou qualquer lugar onde a planta ocorre, pois isto é variável de ano a ano, entre locais, dependendo das chuvas e da cheia. Por exemplo, às vezes o “ paratudo “ tem floração sincronizada e maciça, noutros anos é paulatina e “ esparramada “; em Poconé a flor do “ cambará “ sai mais cedo do que em Corumbá, pois no norte a cheia do rio é antes que no sul. E na mesma área pode não ser a mesma população durante todo o período indicado, p.ex. anuais ( ou mesmo perenes ) podem estar nascendo ou rebrotando num ponto e florescendo ou morrendo noutro a poucos metros, em função de níveis topográficos, ou seja, de umidade do terreno. Muitas vezes a época de flor e fruto é dada apenas em termos de estação do ano. Estação chuvosa, ou simplesmente chuvas, no verão, significa nov-mar, e seca ou estação seca refere-se a mai-set, ou inverno. Isto nos campos alagados por chuva. Nem sempre há seca no solo, pois a planície inundada pelo rio Paraguai pode estar no pico de cheia em plena seca climática. Se isto tudo parece um tanto complicado, e com razão, uma solução para entender melhor é ver o Pantanal em diferentes épocas, durante vários anos, em muitos locais.

Utilização: significa utilização atual no Pantanal quando sem referência, ou potencial, com número sobrescrito1-246, respectivo à fonte bibliográfica consultada. No caso de madeiras, dens. Signinfica densidade (g/cm3), tendo-se tirado a média quando as fontes davam valores distintos.

Uso medicinal: significa uso medicinal na região, de informação dada diretamente por pantaneiros. Quando não é registro original, é indicada a fonte, mesmo referindo-se ao Pantanal, p.ex., Guarim Neto.

Cultivo: quando há informação, com a referência onde podem ser encontrados detalhes.

Ecologia: comportamento da espécie ao fogo, pastejo, pertubação da vegetação, ciclo de cheia ou seca, etc., como subsídio ao manejo e à conservação.

Ocorrência: freqüência,  onde ocorre no Pantanal, conforme o mapa esquemático das sub-regiões, e tipo textural de solo, sendo os principais termos explicados no glossário. Quanto aos solos, estes são arenosos nas sub-regiões de Nhecolândia, Paiaguás e maior parte de Aquidauana e Abobral, e norte das sub-regiões de Poconé e Barão de Melgaço; solos argilosos predominam nas sub-regiões de Cáceres, Paraguai, Miranda, e Nabileque, além de sul de Poconé e de Barão de Melgaço, e partes baixas de Aquidauna.

Morraria calcárea refere-se às elevações periféricas, da Serra da Bodoquena e de Corumbá, relevo muito mais antigo do que a planície sedimentar quartenária que é o Pantanal. Cit.ant.: citação anterior, de outro(s) autor(es), para o Pantanal, considerando apenas a planície pantaneira. Não foram consideradas citações vagas, pois há trabalhos que não especificam se a planta é do Pantanal, p.ex., colocando apenas Corumbá105,209, município de 300 km de comprimento e que encosta no de Poconé e no de Coxim. Algumas espécies não apareciam na literatura desde Moore (1895) 151, outras são citadas pela primeira vez para o Pantanal.

Distribuição: distribuição geográfica geral, que dá uma idéia da origem da flora e da amplitude ecológica das espécies. Os estado são citados pela sigla; quando consta MT (e MS) significa que é de uma fonte bibliográfica anterior â divisão do velho MT. Nos casos em que este item não consta, não foi encontrada informação.

Outra(s) sp(p): outra(s) espécie (s) do gênero, levantada (s) e / ou citada (s), para dar uma idéia do gênero da região.

É acrescentado um pequeno glossário para dominações regionais da paisagem e alguns termos técnicos que não puderam ser evitados, sendo que mais informação sobre o ecossistema do Pantanal pode ser encontrada entre a bibliografia citada.Foram simplificados termos como anemócoro, béquico, emenagogo, etc.

Parque Nacional do Pantanal Matogrossense

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE

Proteger e preservar todo ecossistema pantaneiro, bem como sua biodiversidade, mantendo o equilíbrio dinâmico e a integridade ecológica dos ecossistemas contidos no Parque.

DECRETO E DATA DE CRIAÇÃO

Foi criada pelo Decreto nº 86.392 de 24.09.1981

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

O Parque incorporou a antiga Reserva do Cara-cará, a qual na década de 80 foi base de operações no combate à ação dos caçadores de jacarés, e praticamente dobrou seu território com a compra de uma antiga fazenda de gados, que foi inundada em consequência das transformações da região, por ações antrópicas diversas. A região era também ocupada por índios Guatos. Provavelmente os primeiros ocupantes pantaneiros foram os espanhóis vindos da Bolívia por volta de 1550. As lendas mais correntes são as do minhocão (uma enorme serpente aquática que derruba os barrancos dos rios), das lagoas que se enfurecem com a presença de pessoas gritando e histórias de onças, sucuris e aventuras de caça e pesca.

ÁREA, LOCALIZAÇÃO E ACESSOS

Possui uma área de 135.000 ha e perímetro de 260 Km. Está localizado no extremo sudoeste do estado do Mato Grosso, no município de Poconé, junto à divisa com o estado do Mato Grosso do Sul, na confluência dos rios Paraguai e Cuiabá. O acesso é feito através da MT-060, partindo-se de Cuiabá até Poconé, por 100 Km em via asfaltada e continuando pela rodovia Transpantaneira por mais 147 Km até Porto Jofre, às margens do rio Cuiabá. De Porto Jofre até o Parque o acesso é apenas por via fluvial, navegando-se por aproximadamente 4 horas.Por via aérea utiliza-se a pista de pouso da Fazenda Acurizal (RPPN/Fundação Ecotrópica), gastando-se 1 hora de vôo e meia hora de barco. A cidade mais próxima à unidade é Poconé que fica a 110 Km da capital.

CLIMA

Com características tropicais continentais, a temperatura média varia de 23° a 25° C, com precipitação anual média de 1.000 mm. O regime de chuvas é tropical, apresentando a época seca, de maio a setembro, e a chuvosa, de outubro a abril, sendo que em dezembro e fevereiro são considerados os meses mais chuvosos.

QUE VER E FAZER (ATRAÇÕES ESPECIAIS)/ÉPOCA IDEAL PARA VISITAÇÃO

Atualmente a unidade não está aberta à visitação pública. Uma das principais atrações do Parque é a abundância de fauna como; jacarés , garças, capivaras, tuiuius e as piranhas. A época ideal para visitação é o período das secas, que possibilita uma melhor observação da fauna.

RELEVO

O pantanal como um todo, é caracterizado por uma enorme superfície de acumulação, de topografia bastante plana e freqüentemente sujeita a inundações, sendo a rede de drenagem comandada pelo rio Paraguai.

VEGETAÇÃO

É caracterizada por uma área de tensão ecológica de contato entre as regiões fitoecológica da Savana ou Cerrado e da Floresta Estacional Semidecídua. A cobertura vegetal é classificada por Savana Gramíneo-Lenhosa, Floresta Semidecídua Aluvial e Floresta Semidecídua das Terras Baixas.

FAUNA

O Pantanal Matogrossense é um dos ecossistemas mais produtivos do Brasil. As condições ambientais favorecem o estabelecimento de grande variedade de fauna. Pode-se observar fauna terrestre (capivara, cervo-do-pantanal, jaguatirica, lontra, cutia), aves (garça moura, garça branca) e répteis (cobras, jacarés).

USOS CONFLITANTES QUE AFETAM A UNIDADE E SEU ENTORNO

A caça ilegal de jacarés, capivara e onça-pintada é um dos principais fatores que ameaça a fauna da região. O fogo é outro problema grave da unidade, pois é utilizado para replantio e para manutenção de pastagens, podendo acarretar o desequilíbrio e afetar a integridade do ecossistema.

BENEFÍCIOS INDIRETOS E DIRETOS DA UNIDADE PARA O ENTORNO

A atividade turística é uma das alternativas econômicas da região, que bem orientada pode trazer benefícios através de gerações de empregos e melhoria do economia local.

ACORDOS DE PARCERIA

ONGs Ecotrópica e TNC.

INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE A UNIDADE

Número total de Funcionários

02 funcionários do IBAMA.

Infra-estrutura disponível

1 residência funcional/almoxarifado (136,23 m2); 1 sede administrativa/alojamento para 12 pessoas (163,55 m2); 1 centro de visitantes com sala de rádio, sala de exposições, auditório e escritório (163,55 m2); sistema de comunicação (telefax, e-mail e rádio transmissor SSB frequência fixa); 1 Toyota (1994); 4 barcos; 4 motores de popa (15 Hp, 30 Hp, 130 Hp e 25 Hp) e 1 lancha.
Fonte: www.brasilturismo.com
PARQUE DE NACIONAL DO PANTANAL MATOGROSSENSE
O Pantanal é resultado de uma grande depressão da crosta terrestre, de origem pré-andina, que formou um enorme delta interno, onde deságuam numerosos rios vindos do planalto. Na estação das chuvas, essa depressão fica quase em sua totalidade inundada. E nos períodos secos, transforma-se num pontilhado de pequenas lagoas, refúgio obrigatório de milhares de animais.
Situado no extremo oeste brasileiro, o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense representa a maior área periodicamente inundável do continente americano, além de concentrar as maiores e mais espetaculares populações da fauna silvestre neotropical. Por si só, essas características o tomam único no gênero, tendo sido sua área de conservação recentemente ampliada com a aquisição pela The Nature Conservancy de duas áreas próximas não-alagáveis, essenciais para a reprodução principalmente da fauna terrestre.
A vegetação é um prolongamento do ceifado brasileiro, também chamado de savana. Mas sofre influência, ao norte, da região amazônica, abrigando elementos característicos desses dois ecossistemas. Na área do Parque propriamente ocorre o ceifado gramíneo-lenhoso, ou campo, de coloração verde na época das chuvas e mais amarelado na estação seca.
Com altura não superior a 20 metros, é comum se ver nas áreas menos alagadas grandes agrupamentos de buriti (Mauritia sp), além do típico cambará (Vochysia divergens), pau-d'alho (Galesia sp), aroeirinha (Astronium sp) e louros (Ocotea spp).
Por sua diversidade de ambientes e áreas de transição, o Pantanal guarda uma das faunas mais variadas do planeta. Nas árvores mais altas habitam o jaburu (Jabiru mycteria), cabeça-seca (Mycteria americana) e maguari (Ardea cocoi), enquanto os remansos são comumente procurados pelas garças (Casmerodius albus), garças-reais (Pitherodius pileatus) e colhereiros (Ajaia ajaia). Entre as aves maiores estão também a arara-azul (Anodorhynchus hiacynthinus) e diversas de rapina.
Destaque entre os répteis, o jacaré-do-pantanal (Caiman crocodillus yacare) ajuda a manter em equilíbrio os cardumes de piranhas (Pugocentrus spp, Pygopristis spp e Serrasalmus spp), enquanto nos locais mais inundados podem ser observados o cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus), capivara (Hydrochaeris hydrochaeris), lontra (Lontra sp) e ariranha (Ptenomura brasiliensis).Nas águas dos rios ocultam-se o pintado (Pseudoplatystoma corruscans), dourado (Salminus maxillosus) e pacu e, nos segmentos mais secos, podem ser vistos o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), o esguio lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), onça (Panthera onca) e ema (Rhea americana). A não-venenosa sucuri (Eunectes murinus) é a maior representante dos ofídios.
Com acesso por barco ou avião, o Parque tem sua sede sobre um platô, imune a inundações, onde dispõe de adequada infra-estrutura para receber visitantes e pesquisadores. Situado na divisa entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, tem como cidade mais próxima Poconé.
Mapa do Parque Nacional do Pantanal Matogrossense
Mapa do Parque Nacional do Pantanal Matogrossense

Parque Nacional do Pantanal Matogrossense

Data de criação: 24 de setembro de 1.981, pelo decreto federal nº. 88.392.
Localização: Mato Grosso, no município de Poconé.
Área: 138.000 hectares
Perímetro: 260 km
Clima: tropical, quente semi-úmido, com quatro e cinco meses secos.
Temperaturas: média anual de 24ºC, máxima absoluta de 42ºC e mínima absoluta de 0ºC.
Chuvas: Entre 1250 mm anuais.
Relevo: plano, com altitudes não superiores a 200 metros.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Poconé

Tendo como origem a atividade mineradora ocorrida na região, no século XVIII, o antigo povoado de São Pedro D'el Rei foi fundado em 1776. A contrução de suas casas lembra o estilo predominante nas velhas áreas de mineração de ouro, tendo sido famoso quanto à qualidade, o metal extraído de suas jazidas. Poconé foi o nome de uma tribo indígena existente na região e extinta há vários séculos. Por volta dos anos de 1830, o arraial já se encontrava decadente, pela exaustão de suas minas, tendo a maioria de seus habitantes emigrado para Diamantino, buscando novas jazidas de diamantes.

Ao contrário de todas as cidades do Pantanal, que surgiram à beira de rios, Poconé se ergue em região seca, onde só se obtém água mediante abertura de poços. O rio mais próximo, o Bento Gomes, está a 16 km de distância, na estrada para Porto Cercado (margem do rio Cuiabá).
É atualmente, a entrada da rodovia Transpantaneira, que se inicia na cidade, ponto de partida para os safáris fotográficos e as pescarias na região de Porto Jofre.

Pesca Esportiva no Pantanal

Pesca Esportiva no Pantanal
A beleza do Pantanal deve-se principalmente à sua peculariedade geográfica. Numa área extremamente plana, com altitudes que não ultrapassam os 200 metros acima do nível do mar, a região apresenta um declive entre os extremos norte e sul de menos de 3 cm por quilômetro. É essa característica que faz com que dois terços do seu território se transformem periodicamente em descampados ou imensas lagoas, num movimento constante que dita os hábitos da população, da fauna e da ictiofauna local.
Embora, com em qualquer local do planeta, apareçam de tempos em tempos mudanças radicais e inesperadas, os ciclos climáticos do Pantanal, funcionam mais ou menos assim:
  • De dezembro a março chove muito, a vegetação ganha nova vida; os animais e aves migram para as parte mais altas, concentrando-se à beira das estradas que resistem à inundação; os peixes num processo instintivo e biológico, procuram as corredeiras nas nascentes dos rios.
  • Em abril e maio as chuvas cessam, mas o cenário é quase o mesmo, pois o nível das águas é muito alto.
  • Junho e julho são os meses dos quais se pode ter um misto dos dois mundos pantaneiros, o seco e o da cheia. O nível da água começa a baixar e peixes, animais e pássaros são mais abundantes. Sem esquecer é claro, que durante esses dois meses a probabilidade de se confrontar das inesperadas e passageiras frentes-frias vindas do sul é bem maior.
  • De agosto a novembro percebe-se o nível da água baixar sensivelmente, pondo a descoberto os barrancos e as praias nas margens do rio.
Nos últimos anos, num ritmo crescente, homens e bichos nativos vem dividindo seu território com turistas munidos de varas, carretilhas, máquinas e binóculos. É aí que entra em cena uma as atividades mais procuradas pelos visitantes nos últimos anos, o turismo da pesca esportiva e amadora.
Pescar no Pantanal é o sonho de todos os amantes deste esporte. Mesmo para aqueles que já estão acostumados a exercitar sua paciência, técnica e valentia, à bordo de um barco pelas piscosas águas pantaneiras, sempre haverá uma nova emoção a ser experimentada - um novo local, um rio diferente ou um peixe nunca antes pescado. A bem da verdade o Pantanal não é só um imenso reduto de pesca, como muita gente imagina. É um paraíso intocado, que deveria ser visitado por milhares de turistas durante o ano todo. Mas a maioria de donos de hotéis e barcos turísticos da região ainda não tomaram consciência disto. E quando chega novembro, até o final de janeiro, tudo lá entra na mais profunda "hibernação", apesar de ser o período em que o Pantanal é mais bonito de ser ver - verão de 40°C, rios com nível d'água bem baixos, lagoas secando, piracema, flores exóticas brotando por todo lado, bandos de tuiuiús, jacarés, antas, capivaras, uma bicharada sem fim, esbanjando euforia.
Para que o amante da pescaria chegue ao Pantanal, traçaremos três principais rotas ou caminhos para o mundo alagado: - a Rota Norte, a Rota Oeste e a Rota Sul.